FIFA pressiona FAF com corte financeiro por desrespeito à decisão no “caso Kibeixa”

A relação da Federação Angolana de Futebol (FAF) com a FIFA volta a sofrer abalos, depois de o organismo internacional anunciar uma redução de 20% no próximo financiamento previsto para Janeiro de 2026.
A medida surge como penalização directa pelo não cumprimento da deliberação sobre o “caso Kibeixa”, envolvendo o Kabuscorp do Palanca.
A FIFA alerta ainda que, se a FAF continuar a desrespeitar a decisão que obriga o clube angolano a saldar uma dívida de 188 mil dólares ao jogador Kibeixa, o castigo poderá escalar para sanções mais severas. Entre as medidas possíveis estão a suspensão de competições internacionais e o congelamento total de apoios financeiros à FAF, cenário que comprometeria gravemente o futebol nacional.
O caso remonta à queixa apresentada por Kibeixa, antigo médio do Kabuscorp, que denunciou à FIFA o incumprimento contratual por parte do clube. Após análise, a FIFA deu razão ao atleta e determinou à FAF a responsabilização e aplicação da decisão contra o infractor. Até à data, a federação angolana tem-se mostrado intransigente.
Esta nova penalização evidencia não apenas a fragilidade institucional da FAF, mas também expõe o risco crescente de Angola perder credibilidade junto das instâncias internacionais do futebol. Especialistas alertam que o prolongamento do impasse pode ter impacto directo nas selecções nacionais, formação de jovens atletas e até na atracção de patrocinadores.
A FIFA reafirma que a protecção dos direitos dos jogadores é uma prioridade e que qualquer federação membro que não garanta esse princípio estará sujeita a sanções. A bola, agora, está do lado da FAF.