Empresas prestadoras de serviço no sector petrolífero sem contratos atingem apenas 2%

O vice-presidente da Associação das Empresas Angolanas Prestadoras de Serviço no Sector Petrolífero (ASSEA), Paulo Maurício, lamenta a fraca participação nos contratos da indústria de petroléo e gás, maioritariamente dominado pelas empresas estrangeiras
Ao jornal OPAÍS, Paulo Maurício assegurou que as empresas angolanas que prestam serviços às empresas estrangeiras exploradoras de petróleo, no país, não estão a ser contratadas, nos concursos públicos. O interlocutor adiantou que, quando os concursos são lançados, as empresas nacionais, na maioria das vezes, não têm a visibilidade ou o acesso necessário.
“Então, nós temos esses constrangimentos bem alistados e mandamos sugestões à ANPG. Por exemplo, se nós não temos uma participação mais efectiva é porque temos um problema grande de contratação. Não estamos sendo contratados”, disse. Apontou a falta de fiscalização e monitoramento nos concursos como principais constrangimentos que as empresas enfrentam, mas entende que deveria se fazer su- pervisão de contratos a estas empresas e se priorizar as empresas nacionais nos concursos.
“Uma das coisas que nós notamos é que há falta de fiscalização e monitoramento. As operadoras do sector do petróleo hoje têm um poder muito grande, porque a lei lhes permite contratar serviços até cinco milhões de dólares sem supervisão da Agência Nacional do Petróleo. Praticamente sem supervisão. Antigamente não era assim”, lamentou.