Especialistas divididos quanto ao papel do Estado na diversificação da economia

A diversificação da economia em Angola continua a ser tema de debate e de visões distintas entre especialistas. No programa Capital Central desta quinta-feira, 24, os convidados expressaram diferentes posições quanto ao papel do Estado neste processo.
Para o investigador da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, Hermenegildo Quexigina, o Estado tem responsabilidades claras no incentivo à actividade económica nacional. O académico defende que, num país como Angola, ainda em construção institucional, o Estado não pode ser ausente.
Quexigina, acrescentou que a diversificação não se faz apenas com discurso, mas com políticas públicas robustas, que garantam financiamento, formação e estabilidade.
Numa visão oposta, o economista José Macuva entende que o excesso de intervenção do Estado tem travado o progresso. Para ele, é preciso dar mais liberdade ao mercado e reduzir o papel regulador do Estado.
Macuva apontou ainda que a “verdadeira diversificação virá da liberdade económica e do investimento privado motivado pela concorrência justa e pelas oportunidades de mercado”.
Já o especialista em Administração Pública, Denílson Duro, procurou uma via intermédia. Para ele, o “Estado deve agir como facilitador, criando condições institucionais e logísticas que incentivem o investimento nos sectores não petrolíferos”.
O debate reflectiu os caminhos possíveis para a economia nacional, num momento em que o país procura alternativas sustentáveis à dependência do petróleo e enfrenta o desafio de criar riqueza em múltiplos sectores.
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