Terça-feira, Setembro 9
Economia

FMI revê em baixa crescimento de Angola e alerta para riscos de pagamento

GiraNotícias2 min leitura
FMI revê em baixa crescimento de Angola e alerta para riscos de pagamento

Luanda - O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou para o agravamento dos riscos na capacidade de pagamento de Angola, apelou ao controlo das despesas e do endividamento e reviu em baixa a previsão de crescimento de 2,4 para 2,1 por cento.

Num comunicado divulgado na sua página oficial, onde dá conta das conclusões do Conselho de Administração sobre a Avaliação Pós-Financiamento de 2025, o FMI salienta que a "capacidade de pagamento de Angola continua adequada", mas os riscos aumentaram, em relação ao ano passado.

Sublinha que Angola "enfrentou uma queda nas receitas do petróleo e um aperto nas condições financeiras externas, no primeiro semestre de 2025", reflectindo-se na deterioração da posição fiscal, com o défice total projectado para subir para 2,8 por cento do PIB, em 2025, face a um por cento, em 2024, segundo o jornal português Negócios, citando o relatório da instituição financeira.

O FMI chama também a atenção para pressões de financiamento de curto prazo, devido ao vencimento de um montante significativo da dívida externa, e prevê que o crescimento desacelere, no curto prazo.

Em Maio último, a projecção preliminar de crescimento para Angola, em 2025, já tinha sido revista de três para 2,4 por cento, após consulta bilateral entre o Fundo e o Ministério das Finanças, no âmbito do artigo IV (revisão periódica sobre a evolução da economia e políticas de um país-membro), mas agora a entidade multilateral projecta um crescimento de 2,1 por cento.

Por outro lado, embora a capacidade de pagamento de Angola seja considerada "adequada", esta encontra-se sujeita a riscos crescentes.

Os directores executivos do FMI destacam que as vulnerabilidades se intensificaram recentemente, devido aos desafios persistentes na produção petrolífera e às pressões sobre os preços, e instaram as autoridades a adoptarem "políticas macro-económicas prudentes e esforços de reforma sustentados".

Sublinharam ainda que os riscos para a capacidade de pagamento aumentaram, em relação ao ano anterior, devido ao elevado serviço da dívida externa, maior volatilidade dos preços do petróleo e perspectiva mais fraca para os saldos fiscais e externo, destacando "a necessidade de racionalizar as despesas para preservar o espaço fiscal e conter o endividamento".

"O fortalecimento do quadro de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e a saída da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) continuam a ser prioridades importantes", acrescenta.

Partilhar este artigo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outras Notícias