Países Baixos pretendem tornar Benguela num exportador de frutas secas

Benguela – Os Países Baixos manifestaram disponibilidade para cooperar com a classe empresarial de Benguela na formação, investimento e inovação dos agroprodutores, a fim de tornar a província num fornecedor competitivo de frutas secas ao mercado europeu.
Esta manifestação foi adiantada pelo assessor financeiro e económico sénior da Embaixada dos (AEB), recentemente assinado.
O memorando visa alavancar a produção, transformação e exportação de frutas secas da província de Benguela, como ananás, manga, banana e mamão, para o mercado holandês.
Para atingir esse objectivo, Armindo Teuns anunciou a formação dos produtores de frutas secas e desidratadas da província de Benguela, que será ministrada por peritos holandeses.
“Nós precisamos de produtos de qualidade. Em Setembro vamos ter o primeiro workshop que é uma acção concreta deste memorando e vamos trazer peritos holandeses para Benguela”, disse, referindo ser pretensão dos Países Baixos trabalhar mais na vertente da elaboração de planos de negócios.
Agora, disse Armindo Teuns, a expectativa é que até o fim do ano seja aprovado o plano de negócios por parte dos Países Baixos, incluindo o financiamento, para o projecto-piloto na província de Benguela.
É que a implementação deste projecto vai permitir à província desenvolver a cadeia de valor e realizar exportações de frutas secas para o mercado europeu, onde elas são amplamente aceites.
Por esse motivo, aponta a formação dos agricultores e empreendedores que se dedicam ao processamento de frutas secas como um passo importante, de maneira a desenvolver em conjunto um projecto sustentável.
Também frisou os estudos para avaliar o potencial da província na produção, transformação e comercialização de frutas, como manga e ananás na sua forma desidratada, cujo resultado positivo levou à formalização desse acordo de cooperação.
Na prática, explicou que uma das metas desta parceria com a Aliança Empresarial de Benguela é também inserir peritos holandeses no ecossistema agrícola local, para trabalharem juntamente com as empresas.
Para já, diz que se pretende identificar os potenciais produtores de frutas secas, realçando que o acordo é aberto a todos quantos estiverem interessados, seja no litoral ou no interior da província.
Sobre a data da primeira exportação, Armindo Teuns acredita que pela forma como as coisas estão a andar, com o apoio do Governo Provincial de Benguela, ainda este ano haverá resultados, nem que seja para ensaio.
“Tudo dependerá da capacidade dos produtores locais. Vamos trabalhar rápido, mas bem”, afiançou, dando a entender que os Países Baixos têm todas as condições para que o acordo se traduza em projectos concretos.
Aliás, o representante da Embaixada dos Países Baixos deixou a garantia de que o memorando inclui apoio aos produtores com equipamentos, no intuito de modernizar o processo de transformação de frutas secas ainda feito de forma artesanal em Benguela.