Segunda-feira, Julho 28
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Trump fecha acordo comercial com UE, Japão e China, mas isola Brasil

Correio Kianda2 min leitura
Trump fecha acordo comercial com UE, Japão e China, mas isola Brasil

Donald Trump confirmou que os Estados Unidos da América e a União Europeia chegaram a um acordo sobre as tarifas, após uma reunião neste domingo, 27, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Edimburgo (Escócia).

“A UE vai concordar em comprar dos EUA USD 750 bilhões em energia”, afirmou Trump. De acordo com o republicano, a União Europeia também concordou em investir USD 600 bilhões nos EUA a mais do que já está investindo. O acordo é semelhante ao fechado com os demais países que conseguiram diálogo com a Casa Branca.

As tarifas de 30% impostas por Trump serão reduzidas para 15%, em formato semelhante ao que ocorreu com o Japão.

O acordo irá “reequilibrar, mas permitir o comércio de ambos os lados”, disse Von der Leyen, reconhecendo a necessidade de balancear a relação.

Também neste domingo, em entrevista à Fox News, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que a nova rodada do “tarifaço de Trump” entrará mesmo em vigor na próxima sexta-feira, dia 1º de Agosto, sem possibilidade de prorrogação do prazo determinado pela Casa Branca.

O Brasil é o país que foi alvo das maiores taxas. Trump anunciou a aplicação de tarifas extras de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil aos norte-americanos. Até o momento, não houve avanço significativo nas negociações entre os governos brasileiro e dos EUA.

Os EUA também instauraram investigação comercial, aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), a pedido de Trump. O governo norte-americano afirma que a análise pretende investigar supostas práticas comerciais desleais do Brasil em relação aos EUA e cita como exemplo as recentes disputas judiciais envolvendo plataformas digitais.

No caso brasileiro, a situação parece mais política do que económica, já que o país tem déficit no comércio com os EUA, mas Trump tem insistido na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu governo tem fechado as portas para negociações técnicas.

Por agências internacionais

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