Tsunami: Japão evacua mais de dois milhões de cidadãos das suas habitações

As autoridades japonesas emitiram na tarde desta quarta-feira, uma ordem a cerca de dois milhões de pessoas para abandonar as suas habitações ou zonas costeiras devido ao risco de tsunami provocado pelo sismo de magnitude 8,8 que atingiu hoje a península de Kamchatka, na Rússia.
Em Hokkaido, a maior ilha do arquipélago japonês, situada no norte e a mais próxima de Kamchatka (Rússia), as autoridades locais emitiram ordem de retirada de nível máximo (5 em 5) para 10.463 cidadãos da cidade costeira de Urakawa.
Este alerta significa que um desastre natural “está em curso” e apela para acção imediata das pessoas afectadas, no sentido de salvar a própria vida.
Além disso, mais de 1,9 milhões de pessoas em 21 prefeituras ao longo da costa do Pacífico do Japão receberam avisos de retirada de nível 4, que apelam para a “retirada de zonas perigosas” – tais como as que se encontram perto do mar e da foz dos rios – “o mais rapidamente possível, antes que a situação se agrave”.
De acordo com os últimos dados fornecidos pela Agência Nacional de Gestão de Incêndios e Catástrofes, o número total de pessoas afectadas por ordens de retirada emitidas pelas autoridades locais desde o sismo da manhã desta quarta-feira é de 1.996.154 cidadãos.
Segundo a agência Lusa, as pessoas que conseguiram deixar as casas onde vivem foram acolhidas em locais designados como abrigos públicos para catástrofes naturais, incluindo estações de caminho de ferro, hospitais, centros cívicos, escolas e parques situados em terrenos elevados.
As ordens de evacuação das autoridades locais baseiam-se nos avisos emitidos pela Agência Meteorológica do Japão (JMA), que estão em vigor desde o início da manhã para praticamente toda a costa do Pacífico do arquipélago, e que estimam a ocorrência de tsunamis de até três metros de altura.