Presidente João Lourenço rendeu a última homenagem ao Papa Francisco

Roma - As exéquias do Papa Francisco, falecido no dia 21 deste mês, decorreram, este sábado, em Roma, num ambiente de comoção e recolhimento, presenciado pelo Presidente da República, João Lourenço, entre outros Chefes de Estado.
O Presidente João Lourenço, na capital italiana desde sexta-feira, é acompanhado da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço.
Na Basílica de São Pedro, o casal presidencial rendeu a última homenagem ao Papa, inclinando-se diante da urna.
A missa do último adeus ao Pontífice, presidida pelo Cardeal Giovanni Battista Re, foi acompanhada de leituras bíblicas e com ovações por parte dos mais de 200 mil fiéis católicos, peregrinos e turistas presentes no local do evento.
Marcaram igualmente presença mais de 50 Chefes de Estado, autoridades religiosas, membros da realeza e representantes de organizações internacionais.
Após a missa, os restos mortais do Papa Francisco, falecido por doença, seguiu em cortejo automóvel, num percurso de seis quilómetros, com destino a Basílica de Santa Maria Major, onde já num ambiente restrito, foi sepultado.
Em Roma, estão mais de dois mil jornalistas, entre estrangeiros e italianos, que fazem a cobertura destes momentos.
Após a homilia, os fiéis rezaram por Francisco, para que Deus o "acolha com bondade no seu reino de luz e paz", tendo de seguida o caixão sido transportado para a sepultura.
Atendendo a um desejo pessoal de Francisco, cerca de 40 pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo pobres, migrantes, transexuais, presos e sem teto acompanharam o cortejo fúnebre até a Basílica de Santa Maria Maior, cada uma carregando uma rosa branca em sinal de gratidão.
O seu sepultamento foi feito entre a Capela Paulina e a Capela Sforza.
A tumba será uma simples laje de mármore de Ligúria, com a inscrição “Franciscus” e uma réplica de sua cruz peitoral, sem ornamentos adicionais.
Papa Francisco faleceu na manhã de segunda-feira, 21 de deste mês, aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano.
A causa da morte foi um acidente vascular cerebral (AVC) que levou a um coma e resultou em falência cardíaca irreversível.
Na véspera de sua morte, Domingo de Páscoa, o Papa fez sua última aparição pública na Praça de São Pedro, onde abençoou os fiéis durante uma breve volta em seu papamóvel.
Na manhã seguinte, acordou por volta das 6 horas aparentemente bem, mas começou a passar mal cerca de uma hora depois. Sua morte foi confirmada às 7h35 (horário local).
De nome próprio, Mario Bergoglio, foi eleito Papa, adotando o nome Francisco.
Ele foi o primeiro Pontífice não europeu que será lembrado pelo seu estilo pastoral humilde e compromisso com os pobres e marginalizados.
O pontificado também foi marcado por uma abordagem progressista em temas sociais e ambientais, o que gerou admiração e críticas em diferentes sectores da Igreja e da sociedade.
Com sua morte, inicia-se o período de “sé vacante”, durante o qual será convocado um conclave para eleger o novo Papa.
Francisco liderou a Igreja Católica por 12 anos, de 13 de Março de 2013 até 21 de Abril de 2025, data de sua morte.
Foi o 266º Papa da história da Igreja e o primeiro latino-americano a ocupar o cargo, além de ser o primeiro jesuíta e o primeiro papa com o nome “Francisco”, em homenagem a São Francisco de Assis.