Angola reforça voz feminina nos processos de paz
Por TopAngola ·

Resumo:
Representante angolano na ONU apoia iniciativa de Guterres e detalha ações para garantir participação plena das mulheres em todas as fases dos processos de paz.
Pontos-chave:
Em 10 de maio de 2025, em Nova Iorque, o embaixador Francisco José da Cruz declarou que o envolvimento feminino é “imperativo estratégico” para a sustentabilidade dos acordos de paz, ao co-presidir com a Suíça o evento sobre o Compromisso Comum lançado pelo secretário-geral António Guterres.
O diplomata sublinhou que a experiência de Angola na reconciliação após 27 anos de guerra civil provou a força das mulheres em todas as fases de mediação, destacando o Plano de Acção Nacional Mulher, Paz e Segurança, que elevou a presença feminina nos órgãos decisórios e operações de estabilização internas e regionais.
Como prioridades, Angola propõe renovar vontade política, ampliar formações específicas, integrar igualdade de género nos cargos de chefia e aumentar o financiamento da agenda MPS. As diretrizes visam garantir participação plena, igualitária e significativa em missões de manutenção da paz e negociações.
Recordou-se o Fórum de Mulheres de Alto Nível da Região dos Grandes Lagos, acolhido em Luanda em outubro de 2024, que reforçou redes de diálogo e colaboração feminina, e o papel de Angola na presidência da União Africana, instando Estados-membros a igualdade representativa em concepção e implementação de acordos.
No Diálogo Interactivo sobre a Revisão 2025 da Arquitetura de Consolidação da Paz, Cruz pediu mais peso político para a Comissão de Consolidação da Paz, melhor coordenação com o Conselho de Segurança e recursos ampliados para ligar mandatos de manutenção às tarefas de reconstrução, fortalecendo credibilidade e resultados duradouros.