Angola doa 8 milhões $ à OMS, diz João Lourenço

Por TopAngola · há 2 meses

Resumo: 

Na Assembleia da OMS em Genebra, João Lourenço anunciou que Angola aportará 8 milhões USD ao orçamento fixo da organização e apelou a mais apoio global.

Pontos-chave:

• Em 20 de maio de 2025, na 78ª Assembleia Mundial da Saúde, o Presidente angolano João Lourenço anunciou que o país irá contribuir com 8 milhões de dólares para o orçamento fixo da Organização Mundial da Saúde. O gesto coloca Angola entre os principais financiadores africanos e responde ao apelo da OMS por recursos mais previsíveis e sustentáveis.

• Lourenço falou na qualidade de Presidente em exercício da União Africana, realçando que África deve “ser parte da solução global”. Disse que a contribuição angolana pretende inspirar outros governos do continente a reforçar o financiamento, lembrando que já há 14 Estados africanos comprometidos com a ronda de investimentos lançada pela OMS para o triénio 2025-2028.

• O chefe de Estado insistiu que apostar na OMS “não é um acto inútil, mas um investimento estratégico na humanidade”. A organização perdeu parte dos apoios voluntários nos últimos anos e estima necessidade adicional de 7,1 mil milhões USD. “Temos todos o dever de proteger e reforçar a OMS”, frisou, apelando a contribuições estáveis para cobrir lacunas críticas em vigilância, resposta a pandemias e cuidados primários.

• Num discurso de forte tom social, Lourenço criticou desigualdades: “Não podemos continuar num mundo onde a sobrevivência de uma criança dependa do lugar onde nasceu”. Defendeu elevar o financiamento público em saúde, formar profissionais e apostar na prevenção. “Uma OMS mais forte é condição para cobertura universal”, disse, citando experiências da Covid-19 como prova de que a solidariedade global salva vidas.

• O Presidente listou progressos nacionais: mortalidade infantil caiu de 44 para 32 por mil nados-vivos e o número de unidades sanitárias quase triplicou desde 2017 (de 2 612 para 5 958). Angola aumentou 46 % a força de trabalho em saúde, instalou 538 monitores de hemodiálise e acrescentou 1 409 leitos de UTI. Os 8 milhões anunciados vêm reforçar a imagem do país como parceiro multilateral confiável.