Sábado, Junho 28
Resumo

Angola culpa OPEC por quotas injustas

Por TopAngola ·

2 min leitura
Angola culpa OPEC por quotas injustas

Resumo: 

O ministro angolano criticou as cotas da OPEC como injustas e a manipulação de cartéis. Angola saiu em dezembro de 2023 e avança na diversificação.

Pontos-chave:

  • Em 27 de junho de 2025, o ministro Diamantino Azevedo declarou em Luanda que a experiência de Angola na OPEC revelou-se negativa face às quotas obrigatórias, que limitavam a produção nacional e impactavam brutalmente as receitas do país. Segundo o governante, esse modelo de cartel contrariava o perfil de crescimento económico de Angola e desvalorizava o potencial petrolífero angolano. O discurso foi seguido de propostas para diversificação.

  • O governante sublinhou que a OPEC funciona como cartel internacional, impondo cotas que nem sempre correspondem à realidade de produção dos países membros e fomentando práticas de ocultação de reservas e de dados de extração. Ele enfatizou que Angola não deveria estar sujeita a limites que desfavorecem a economia nacional, mas sim valorizar autonomamente os seus recursos naturais e estratégicos internacionais.

  • Em dezembro de 2023, Angola anunciou oficialmente a saída da OPEC após 16 anos de afiliação, apontando que a quota de 1,11 milhão de barris por dia ficava aquém das suas capacidades produtivas. O ministro argumentou que a limitação artificial da oferta representava um entrave ao desenvolvimento económico, sobretudo num contexto de declínio natural dos campos petrolíferos e de falta de novos investimentos.

  • Diamantino Azevedo destacou que, apesar da dependência histórica do petróleo, o Governo angolano reforça a diversificação económica através de novas prospecções, licitações de blocos exploratórios e revisão do modelo de gestão. O país busca parcerias com instituições de excelência, como o MIT, e investimentos estrangeiros para explorar potencial em minerais críticos. Ele sublinhou que não se trata de reação, mas de ação proactiva para posicionar Angola como referência.

  • Para além disso, o Governo angolano anunciou medidas para retomar prospeções petrolíferas, licitar novos blocos offshore e reforçar a governança do setor através de parcerias público-privadas. A estratégia visa corrigir falhas de gestão anteriores, atrair capital estrangeiro e assegurar que Angola maximize o retorno económico dos seus recursos fósseis sem depender exclusivamente de quotas externas. Analistas veem essa iniciativa como crucial para reforçar a estabilidade económica.

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