Angola avança no ranking do IDH 2025
Por TopAngola ·

Resumo:
Relatório 2025 do PNUD mostra Angola a subir duas posições no IDH, enquanto desigualdades globais crescem e IA surge como oportunidade de acelerar progresso.
Pontos-chave:
Divulgado em 7 de maio de 2025, o Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD mostra que Angola passou do 150.º para o 148.º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano. O país mantém classificação de desenvolvimento “médio”, mas a subida, ainda que modesta, é celebrada como sinal de recuperação após dois anos de estabilidade e reforça metas governamentais ligadas a saúde, educação e rendimento.
Entre os nove membros da CPLP, seis melhoraram. Portugal continua no grupo de IDH “muito elevado”, agora na 40.ª posição. Brasil avançou para a 84.ª, Timor-Leste para a 142.ª, Guiné-Bissau para a 174.ª e Moçambique deixou o penúltimo lugar. Cabo Verde recuou quatro degraus, evidenciando diferentes ritmos de progresso dentro do bloco lusófono.
O relatório sublinha que a África Subsaariana permanece a região com o IDH mais baixo, apesar de avanços em conectividade e recolha de dados. A inconsistência dos ganhos em rendimento, educação de qualidade e serviços de saúde mantém grande parte dos países, incluindo Angola, na faixa “média”, delineando um desafio estrutural que exige políticas públicas sustentadas e cooperação internacional reforçada.
Globalmente, os autores falam em uma “recuperação surpreendentemente fraca” pós-Covid-19. Descontados os anos críticos de 2020-2021, o crescimento projetado do IDH em 2025 é o menor desde 1990. Pelo quarto ano consecutivo, a distância entre nações de IDH muito alto e baixo aumentou, revertendo mais de uma década de convergência e acendendo alertas sobre a possibilidade de uma década perdida.
Para o administrador do PNUD, Achim Steiner, tecnologias como Inteligência Artificial podem “reacender o desenvolvimento humano” se orientadas para inclusão e sustentabilidade. O relatório pede novos pactos globais para financiar inovação, reduzir desigualdades e ampliar capacidades; caso contrário, adverte Steiner, “o mundo corre o risco de dividir-se entre os que moldam a IA e os que ficam para trás”.