Angola entra na Zona de Comércio Livre da SADC
Por TopAngola ·

Resumo:
Angola entrou na Zona de Comércio Livre da SADC após aprovação da proposta tarifária, ganhando acesso a 300 milhões de consumidores e regimes especiais.
Pontos-chave:
Em 5 de junho de 2025, o Comité de Ministros do Comércio da SADC aprovou a proposta tarifária de Angola, abrindo oficialmente as portas do país ao Mercado Comum da Zona de Comércio Livre. O anúncio foi feito em Luanda pelo ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns, no Aeroporto Internacional “4 de Fevereiro”, sublinhando a relevância desta decisão para a economia angolana.
A integração na Zona de Comércio Livre da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral permitirá a Angola beneficiar de um mercado de mais de 300 milhões de consumidores, com tratamento tarifário diferenciado. Produtos nacionais terão acesso a tarifas específicas e regimes especiais, fortalecendo a competitividade e incentivando inovação e aumento de produção para atender à procura regional. A decisão visa harmonizar práticas entre os Estados-membros, reduzindo barreiras logísticas.
A abertura do mercado da SADC promoverá um duplo impacto na produção angolana: permitirá à indústria local exportar com mais facilidade e importar insumos críticos a custos reduzidos. Este fluxo comercial recíproco deve estimular a eficiência das cadeias de valor, elevar padrões de qualidade e fomentar a diversificação de produtos. Autoridades esperam que a iniciativa fortaleça laços regionais e impulsione o desenvolvimento econômico sustentável no país.
Produtores nacionais, segundo Rui Miguêns, ganharão vantagem competitiva ao acessar uma clientela maior e diversa, o que incentivará práticas inovadoras e aumentará a produtividade. Com tarifas reduzidas e regimes aduaneiros especiais, empresas locais poderão reinvestir ganhos em tecnologia e capacitação. O ministro destacou que a extensão do mercado cria oportunidades para pequenos e médios produtores elevarem escala e penetrarem nichos de alto valor agregado.
A aprovação, ocorrida na 34.ª Reunião do Comité de Ministros em Zimbabwe, reflete o compromisso de Angola com a integração regional. A Linha Tarifária inclui cerca de seis mil ofertas sujeitas a análise antes da publicação no Diário da República. Espera-se que a regulamentação seja finalizada nos próximos meses, permitindo o ingresso efetivo das mercadorias e consolidando a posição de Angola no comércio africano.