Apreendidos 2,3 milhões de litros de combustível

Por TopAngola · há 3 meses

Resumo: 

Entre Janeiro e Março de 2025, Angola confiscou 2,39 milhões de litros de combustíveis. A comissão atribui o feito a operações rigorosas contra o contrabando.

Pontos-chave:

• Em 6 de maio de 2025, a Comissão Interministerial de Combate ao Contrabando de Combustíveis anunciou que “foram apreendidos 2.390.878 litros de combustíveis diversos no primeiro trimestre”. O número, revelado em Luanda pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar Francisco Pereira Furtado, mostra a dimensão do tráfico que drena recursos – sobretudo gasóleo e gasolina – para mercados paralelos.

• Segundo Furtado, a província do Zaire continua a ser “o cancro” do contrabando, obrigando a controlo rigoroso do abastecimento nos postos fronteiriços. A fiscalização reforçada inclui marcas electrónicas nos tanques, escoltas militares e limites diários de venda. Estes filtros travam o fluxo ilícito de combustível que seguia por canoas e camiões para a República Democrática do Congo, através de trilhas fluviais e picadas de mata.

• As medidas estratégicas combinaram forças armadas, polícia, Serviços de Investigação Criminal e governo local, criando patrulhas mistas, postos móveis e linhas telefónicas de denúncia. O grupo também fechou bombas reincidentes e apertou a fiscalização às companhias transportadoras. Esse trabalho integrado, defendem os peritos, corta “o oxigénio logístico” das redes que lucram com a diferença de preços no mercado sub-regional de combustíveis.

• Além das apreensões, 829 processos de contrabando foram remetidos à Procuradoria-Geral da República para instrução. O ministro alertou que vendedores ambulantes, taxistas e até pequenos agricultores já “encaram o desvio de combustível como rendimento normal”, corroendo receitas fiscais e alimentando a escassez interna. A meta imediata é acelerar julgamentos exemplares para dissuadir novos infratores em todo o território nacional nos próximos meses.

• A reunião decorre à porta fechada em Luanda e deverá produzir um relatório de nove meses com recomendações para 2025-2026. Estuda-se a instalação de sensores IoT nos depósitos, a revisão de subsídios e o reforço dos tribunais fronteiriços. Furtado concluiu: “Não podemos transformar o contrabando num negócio familiar; quem insistir vai sentir o peso da lei” nos meses seguintes até completar as metas.