Baía Farta brilha na conferência dos oceanos

Resumo:
O navio Baía Farta atraiu 300 visitantes na 3ª Conferência da ONU sobre os Oceanos, ressaltando o compromisso angolano com a pesquisa marinha.
Pontos-chave:
Em Nice, França, na tarde de 9 de junho de 2025, o navio de investigação oceanográfica angolano Baía Farta abriu as portas ao público durante a terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos. A cerimônia de abertura contou com representantes do MINPERMAR, diplomatas e cientistas internacionais que destacaram a importância da iniciativa para reforçar a cooperação e a diplomacia azul global e sustentável.
Durante os primeiros dias do evento, mais de 300 visitantes passaram pelo convés do Baía Farta, entre cientistas, estudantes e entusiastas do mar. O interesse refletiu-se em longas filas organizadas pelas autoridades angolanas e francesas, bem como em feedback entusiástico de académicos que elogiaram os laboratórios equipados e o programa-quadro Kalunga 2025, apontado como um dos pilares da estratégia científica nacional.
A ministra Carmen dos Santos, líder da delegação angolana, salientou em discurso oficial que o Baía Farta representa o compromisso de Angola com a conservação da biodiversidade marinha e com a revisão interna das jurisdições até 200 milhas. Ela afirmou que o país está no processo de ratificação do Tratado do Alto Mar, sublinhando a ambição de expandir a presença científica angolana para regiões além da plataforma continental.
O navio está equipado com tecnologia de ponta, incluindo sistemas de ROV para exploração em mar profundo, equipamentos de amostragem ambiental e instrumentos de avaliação de recursos pesqueiros. As instalações de bordo abrangem laboratórios de biologia marinha, oceanografia física e química, além de áreas de processamento de dados geoespaciais, oferecendo suporte abrangente às expedições e colaborando com parceiros internacionais em projetos de investigação.
Ao longo dos próximos dias, o navio Baía Farta participará na Parada Mundial de Navios Científicos e em encontros de alto nível, incluindo debates sobre financiamento azul e governança oceânica global. Representantes angolanos planeiam apresentar resultados de campanhas de investigação para reforçar a posição de Angola na diplomacia azul e estabelecer novas parcerias para capacitação técnica de jovens cientistas e apoio à formulação de políticas públicas baseadas em evidências.