Terça-feira, Julho 1
Resumo

Banco Sol corta 30% e busca nova capitalização

Por TopAngola ·

2 min leitura
Banco Sol corta 30% e busca nova capitalização

Resumo: 

Plano de recapitalização do Banco Sol exige cortar cerca de 30 % dos postos e vender ativos até 2027 para cumprir metas do banco central.

Pontos-chave:

  • Em 24 de janeiro de 2025, o Banco Nacional de Angola aprovou o Plano de Recapitalização e Reestruturação (PRR) do Banco Sol, elaborado pela administração eleita em Abril de 2024 após diagnóstico profundo. O PRR visa «salvar» o banco, que registou prejuízo de 6,5 mil milhões Kz no exercício de 2024, contra lucro saudável de 17,1 mil milhões em 2023.

  • O plano impõe reduzir 30 % dos 2 700 trabalhadores distribuídos pelos 164 balcões do país até 2027. A primeira vaga de cortes começa ainda em 2025, com prioridade para reformas antecipadas e rescisões amigáveis e negociadas. Segundo a nota oficial, a medida «optimiza a estrutura operacional», alinha custos de pessoal, melhora eficiência e facilita o cumprimento dos rácios prudenciais.

  • Para recapitalizar, os accionistas injectarão capital privado, venderão imóveis não estratégicos e poderão atrair novos investidores internacionais. O objectivo é atingir o mínimo regulamentar de 25 mil milhões Kz de capital social e restaurar rácios de solvabilidade acima de 13 %. A alienação de ativos começará este ano e deverá gerar liquidez adicional significativa para desonerar o balanço cada vez mais pressionado.

  • O PRR inclui «reforço da gestão de riscos» com novos sistemas de compliance, melhoria dos controlos anti-branqueamento e modernização da plataforma tecnológica principal. Será criado um centro de risco independente e revisto o modelo de concessão de crédito. A direcção promete relatórios trimestrais ao BNA, auditoria externa anual e comunicação transparente aos clientes sobre cada passo do programa de recuperação.

  • Apesar das medidas duras, o presidente do conselho assegurou que «os depósitos permanecem totalmente seguros». O banco prevê concluir a reestruturação até 2027 e retomar lucros sustentáveis já em 2026. Analistas dizem que o sucesso dependerá da velocidade da injecção de capital e da estabilização macroeconómica, mas admitem que o corte de custos era inevitável para garantir a sobrevivência plena.

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