Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Morte no Bié por dívida de 100 kz

Por TopAngola ·

2 min leitura
Morte no Bié por dívida de 100 kz

Resumo: 

Jovem Jacob Sabuta Dumba, do Cuito, foi morto a facada no pescoço após discussão por dívida de apenas 100 kwanzas; suspeito de 19 anos está detido.

Pontos-chave:

  • Na noite de 1.º de maio de 2025, por volta das 23h, o jovem Jacob Sabuta Dumba morreu após ser esfaqueado no pescoço, no campo de ténis diante da Escola 70, comuna do Cunje, município do Cuito, província do Bié. O ataque ocorreu no final das celebrações do Dia do Trabalhador e interrompeu um convívio de amigos, surpreendendo dezenas de testemunhas.

  • O suspeito, um amigo de 19 anos, cobrou uma dívida de apenas 100 kwanzas (cerca de 0,12 USD). Ao ouvir que Jacob não tinha o dinheiro, reagiu com uma faca, desferindo um golpe único, mas fatal. A vítima ainda foi socorrida ao hospital municipal, mas perdeu muito sangue e não resistiu. O débito referia-se a gastos de um convívio anterior e vinha sendo motivo de brincadeiras entre ambos.

  • Segundo a Polícia Nacional, patrulhas detiveram o agressor ainda naquela noite, nas proximidades do local do crime. Testemunhas entregaram a arma branca e relataram que a discussão durou menos de dois minutos. A corporação destacou a prontidão da população em cooperar e recolheu imagens de telemóvel que reforçam a versão dos factos. Peritos criminais recolheram vestígios de sangue, roupas e dados de localização para instruir o processo.

  • O processo-crime seguiu para o Ministério Público, que planeia acusar o jovem por homicídio voluntário simples, punível até 24 anos de prisão. A defesa pondera liberdade provisória, mas a polícia aponta risco de fuga e clamor social. Se condenado, poderá tentar condicional após metade da pena. A primeira audiência preliminar deve ocorrer ainda em maio, e o caso pode ganhar repercussão nacional.

  • Especialistas em segurança chamam atenção para o aumento de agressões ligadas a dívidas ínfimas. Dados oficiais registaram 37 homicídios por discussões financeiras menores que 5 000 kwanzas em 2024 na região Centro-Sul. Sociólogo Domingos Tchissola vê no caso “um sintoma de frustração económica e baixa tolerância ao conflito”. Autoridades prometem campanhas educativas e reforço de patrulhas comunitárias, enquanto analistas pedem políticas de inclusão laboral para jovens.

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