Angola regista 241 novos casos de cólera
Por TopAngola ·

Resumo:
241 novos casos e três mortes de cólera foram reportados em 12 províncias angolanas em 24 h; total desde janeiro supera 20 600 casos e 627 óbitos.
Pontos-chave:
Em 17 de maio de 2025, o Ministério da Saúde de Angola informou que, nas últimas 24 horas, foram confirmados 241 novos casos de cólera e três óbitos no Namibe, Cuanza Sul e Luanda. O balanço nacional sobe para 20 688 infecções desde o início do surto em janeiro, indicando persistência da transmissão apesar das intervenções sanitárias já em curso.
No mesmo período houve notificações em 12 províncias: Cuanza Sul (61), Namibe (53), Luanda (37), Benguela (34), Huíla (18), Malanje (11), Cubango (8), Icolo e Bengo (6), Cuanza Norte (5), Cabinda (3), Lunda Norte (3) e Bengo (2). A dispersão territorial demonstra que o surto ultrapassou focos iniciais e exige coordenação interprovincial rigorosa.
Desde janeiro, Luanda lidera com 6 461 casos e 211 mortes, seguida por Benguela (4 508 casos, 106 mortes) e Bengo (2 995 casos, 118 mortes). O total de 627 óbitos resulta numa taxa de letalidade aproximada de 3 %. Especialistas alertam que números reais podem ser maiores devido a sub-notificação e acesso limitado ao diagnóstico laboratorial em áreas rurais.
A Organização Mundial da Saúde classifica a situação como “momento crítico de saúde pública”, lembrando que Angola enfrenta simultaneamente doenças endémicas tropicais e infeções não transmissíveis. Estudos internacionais sugerem que, para cada caso confirmado, existam até quatro não testados, pois muitas unidades carecem de reagentes e grande parte dos portadores permanece assintomática, continuando entretanto a espalhar o vibrião.
Entre as ações urgentes constam equipas de resposta rápida, formação de profissionais, criação de centros de tratamento, distribuição de água potável e vacinação oral. O boletim de 17 de maio indica ainda 308 altas clínicas no dia e 457 pacientes internados. Autoridades reforçam a importância de higiene alimentar e divulgam linhas de apoio: 111, 931061381, 923695482 e 934271674.