Português e línguas africanas: parceria
Por TopAngola ·

Resumo:
Ministro Filipe Zau propõe cooperação CPLP entre português e línguas africanas, defendendo bilinguismo, valorização escolar e investigação.
Pontos-chave:
Na abertura da 6.ª Semana da Língua Portuguesa, em 6 de maio, o ministro angolano Filipe Zau pediu cooperação estreita entre português e línguas africanas para troca cultural na CPLP, salientando que a valorização destes idiomas como património é condição básica para o projeto.
Ele lembrou que igrejas e comunidades tradicionais já serviram de ponte, produzindo dicionários e manuais bilíngues até à Primeira República; a intenção é retomar essa prática e evitar que comunicação precária em português leve a “aculturação” ou exclusão escolar.
Zau citou pesquisas de Joseph Poth que ligam altos índices de reprovação primária à falta de domínio da língua de escolarização europeia; introduzir a língua materna favorece desenvolvimento psicomotor, moral e cognitivo, reforçando a defesa de uma política pública de bilinguismo.
Angola concluiu consulta pública ao Projeto de Lei das Línguas, que classifica idiomas nacionais como regionais, locais, transfronteiriços e transnacionais; o diploma também reconhece língua gestual e braile e segue para a Assembleia, devendo orientar futura política bilingue.
A secretária de Estado Esmeralda Mendonça afirmou que o português é “símbolo de identidade” e deve apoiar ciência oceânica e sustentabilidade. O lema “Língua Portuguesa: Um Oceano de Culturas, um Mundo de Possibilidades” resume o esforço de união e cooperação académica na CPLP.
4 Fontes
Governo sugere uma cooperação linguística entre o português e as línguas africanas
Governo propõe cooperação linguística entre o português e as línguas africanas
Filipe Zau quer cooperação “concreta” entre língua portuguesa e línguas nacionais na CPLP
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