Crescimento das Reservas da Biosfera Lusófonas
Por TopAngola ·

Resumo:
Países lusófonos adicionam sete novas reservas da biosfera, reforçando rede global da UNESCO e promovendo práticas de conservação ambiental.
Pontos-chave:
Em 29 de setembro de 2025, na 37ª sessão do Conselho Coordenador Internacional do Programa Homem e Biosfera da UNESCO em Hangzhou (China), Angola viu sua Reserva da Biosfera Quiçama oficialmente integrada à rede global, simbolizando o reconhecimento de seu compromisso com a preservação ambiental e o conhecimento científico. A região abrange 33.160 km², incluindo mangais, lagoas e áreas de nidificação de aves e tartarugas marinhas, realçando sua importância ecológica.
O diretor da Divisão de Ciências Ecológicas e da Terra da UNESCO, António Abreu, destacou a “dinâmica muito interessante” e o “crescimento significativo” das reservas da biosfera nos países lusófonos, com quatro novas áreas (Quiçama, Bioko, Arrábida e São Tomé). Este impulso inclui um recorde de 34 candidaturas, impulsionado pela crise planetária de perda de biodiversidade e mudanças climáticas. As reservas atuam como laboratórios vivos de conservação, apoio logístico e desenvolvimento socioeconômico.
Criado em 1971, o Programa Homem e Biosfera (MAB) da UNESCO tem como funções estatutárias a conservação da natureza, o apoio logístico à pesquisa e educação ambiental, e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais, incentivando práticas sustentáveis e o diálogo científico e tradicional. Ele opera em mais de 700 projetos distribuídos por 150 países, promovendo parcerias, pesquisa interdisciplinar e valorização do conhecimento indígena, garantindo modelos replicáveis de gestão dos recursos naturais.
Em 2025, ano dos 50 anos da independência de Angola, o governo reforçou o engajamento na gestão sustentável dos recursos naturais e na valorização do conhecimento tradicional das comunidades, integrando saberes locais às estratégias de conservação e desenvolvimento. Isso incluiu a participação comunitária, programas de educação ambiental e a criação de oportunidades econômicas ligadas ao turismo sustentável.
Com a constituição formal da Rede de Reservas da Biosfera da CPLP, os países lusófonos consolidam uma plataforma colaborativa que fortalece a pesquisa científica, a troca de experiências e a implementação de políticas públicas voltadas ao equilíbrio entre conservação ambiental e progresso social. A cooperação estimula investimentos em tecnologias verdes, capacitação local e monitoramento compartilhado dos ecossistemas. Esse modelo contribui também para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.