Debate urgente e apoio às vítimas do vandalismo
Por TopAngola ·

Resumo:
Onda de vandalismo em protestos de taxistas deixa destruição de bens, pilhagem e envolve menores. Autoridades pedem debate e apoio às empresas.
Pontos-chave:
Em 3 de agosto de 2025, a capital e províncias do interior registam uma onda de vandalismo durante a greve da Associação Nacional dos Taxistas. Ruas foram marcadas por pilhagem, destruição de lojas, incêndios e confrontos com forças de segurança. Comerciais e residenciais sofreram perdas significativas, afetando o abastecimento e gerando alerta sobre a segurança pública, com impacto imediato na economia local e no bem-estar da população.
Segundo o Grupo Parlamentar da UNITA, não se justificam os actos de vandalismo nem as mortes registadas. O assessor Emmanuel Bianco enfatizou a necessidade de um debate urgente na Assembleia Nacional para apurar causas e propor soluções estruturantes à crise política, económica e social. O comunicado reforça que os deputados devem representar fielmente o povo, priorizando moderação, conciliação e políticas públicas que evitem novas situações de violência extrema no país.
O Governo anunciou a aprovação, 4 de agosto, de medidas de apoio às empresas afetadas pela onda de vandalismo. As iniciativas visam agilizar reposição de stocks, garantir manutenção de postos de trabalho e oferecer linhas de crédito especiais. Autoridades planejam parcerias com instituições financeiras e setores produtivos para fomentar recuperação rápida. Espera-se que as intervenções minimizem perdas económicas e restabeleçam confiança de empresários e investidores no ambiente de negócios.
As autoridades, por meio do Serviço de Investigação Criminal (SIC), restituíram 20 menores envolvidos em actos de vandalismo às suas famílias em Cacuaco. Com idades entre 12 e 15 anos, eles foram ouvidos pelo Ministério Público e encaminhados à justiça juvenil antes de regressar ao seio familiar. O objetivo é reforçar o papel da família na formação de valores e evitar recorrência de comportamentos delituosos nas comunidades locais.
Analistas e líderes políticos destacam a urgência de soluções estruturantes para a crise que ultrapassa o setor de transportes. Sugerem investimentos sociais, políticas de inclusão económica e reforço de diálogo entre o Executivo e oposição. A moderação e conciliação são apontadas como chaves para restaurar a estabilidade. Observadores recomendam monitoramento contínuo das ações e diálogo permanente com a sociedade civil para prevenir novos focos de tensão no país.