Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Desemprego em Angola cai para 29,4% em 2025

Por TopAngola ·

2 min leitura
Desemprego em Angola cai para 29,4% em 2025

Resumo: 

INE aponta queda do desemprego para 29,4% no 1.º trimestre de 2025, recuo acentuado entre jovens e forte peso do emprego informal.

Pontos-chave:

  • Em 16 de maio de 2025, o Instituto Nacional de Estatística divulgou a Folha de Informação Rápida, apontando que a taxa de desemprego nacional recuou para 29,4 % no primeiro trimestre, três pontos percentuais abaixo do mesmo período de 2024. O levantamento cobre todas as províncias e baseia-se em entrevistas a mais de 20 000 agregados familiares espalhados pelo país.

  • A melhoria foi mais expressiva entre os jovens de 15-24 anos: o desemprego nesse grupo caiu de 63,5 % para 54,3 % em doze meses. Demógrafos sublinham que ainda se trata do segmento mais vulnerável, mas veem sinal de recuperação depois de vários trimestres sem avanço. Economista cita “alguma retoma da construção e do comércio” como motores da procura de mão de obra juvenil.

  • Apesar da descida, o emprego criado continua predominantemente informal. Quase 81 % dos 10,35 milhões de trabalhadores atuam fora da proteção laboral, acréscimo de 964 417 pessoas face a 2024. “O mercado cresce onde há menos impostos e vigilância”, comentou a consultora ECONN. Entre as mulheres a informalidade chega a 89,4 %, refletindo desigualdade de acesso a postos formais.

  • No universo de 15 anos ou mais, 12,8 milhões declararam alguma ocupação remunerada, elevando a taxa de emprego global para 63,2 %. O contingente ocupado aumentou 8,9 % em termos homólogos, enquanto 5,3 milhões continuam sem trabalho. O INE salienta que o inquérito adotou definições alinhadas com a OIT, permitindo comparabilidade regional e ajudando a monitorar metas do Plano de Desenvolvimento Nacional.

  • Em relação às áreas de atividade, 50,7 % dos empregados trabalham na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca; o comércio grossista e retalhista absorve outros 20,1 %. Analistas alertam que a dependência de setores de baixo valor acrescentado limita ganhos de produtividade. O governo promete incentivos fiscais para indústria e tecnologia, mas admite que a diversificação “demora mais do que gostaríamos”.

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