EUA deixam UNESCO por agenda ideológica
Por TopAngola ·

Resumo:
Os EUA anunciam saída da UNESCO, acusando viés anti-Israel e promoção de uma agenda globalista. A decisão entra em vigor em dezembro de 2026.
Pontos-chave:
Em 22 de julho de 2025, os Estados Unidos anunciaram a saída da UNESCO, alegando que a organização exibe um viés anti-Israel e promove uma agenda ideológica globalista. A porta-voz Tammy Bruce afirmou que as prioridades culturais e sociais da agência não refletem os interesses externos norte-americanos. A decisão marca o terceiro abandono da entidade sediada em Paris. O anúncio foi feito após revisão das políticas de diversidade.
A diretora-geral Audrey Azoulay expressou “profundo pesar” pela decisão, mas reconheceu que ela não surpreende, dada a histórica tensão entre Washington e a agência. Azoulay salientou o compromisso da UNESCO com a diversidade cultural e a promoção da educação, apesar das críticas sobre sua atuação em territórios disputados, incluindo a classificação de sítios como Patrimônio Mundial da Palestina. Ela destacou iniciativas de gênero e inclusão social desenvolvidas pelo organismo.
A saída oficial ocorrerá em 31 de dezembro de 2026, conforme o prazo previsto nos estatutos da ONU. Até lá, os EUA continuarão a contribuir financeiramente, mas sem direito a voto ou participação em comitês. A medida reflete uma estratégia de pressão diplomática para influenciar futuras decisões sobre patrimônios e políticas culturais. Analistas afirmam que a decisão pode afetar projetos de cooperação em ciência e educação.
Este é o terceiro afastamento dos EUA da UNESCO, após 1983, por acusações de má gestão e viés da Guerra Fria, e depois em 2017, sob Trump, por questões de anti-Israel. O retorno em 2023, promovido pela administração Biden, durou apenas dois anos antes da nova ruptura. O padrão destaca a volatilidade das relações entre os EUA e a agência cultural. Observadores veem impacto na influência americana em fóruns multilaterais.
Segundo fontes da Casa Branca, a revisão interna avaliou políticas de diversidade, equidade e inclusão e criticou o 'pendor pró-Palestina e pró-China' da UNESCO. Projetos como 'Transforming MEN'talities' e relatórios sobre igualdade de gênero em videojogos foram citados como exemplos de agenda política. A administração Trump enfatizou a necessidade de alinhar objetivos estratégicos. Essa crítica reforça o debate sobre a independência e os limites da atuação internacional das agências multilaterais.