Estados Unidos freia emissão de vistos estudantis
Por TopAngola ·

Resumo:
Os EUA suspenderam novas entrevistas para vistos de estudantes estrangeiros, reforçando a triagem nas redes sociais. A medida afeta muitos candidatos.
Pontos-chave:
Em 29 de maio de 2025, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um memorando orientando embaixadas e consulados a suspender o agendamento de novas entrevistas para vistos F-1 e J-1. A medida visa reforçar a verificação de redes sociais dos candidatos internacionais antes da concessão dos vistos de estudante e intercâmbio, visando aumentar a segurança nacional. O foco inclui análise de perfis online para detectar riscos à segurança.
Segundo o jornal Politico e dados oficiais de Harvard, cerca de 7.000 titulares de vistos F-1 e J-1 foram afetados pela ordem, incluindo 263 portadores de passaportes da África Subsaariana. O secretário de Estado, Marco Rubio, determinou a suspensão das entrevistas até revisão aprofundada, enquanto embaixadas dos EUA iniciam verificação de histórico e publicações em redes sociais dos candidatos ante possíveis ameaças.
A Universidade de Harvard entrou com ação judicial no Tribunal de Massachusetts, alegando que o governo, com um “golpe de caneta”, tentou apagar quase um quarto de seu corpo estudantil internacional. A instituição afirma que estudantes estrangeiros “contribuem significativamente” para seu prestígio e desempenho acadêmico, e acusa o Departamento de Segurança Interna de agir por razões políticas perniciosas e ilegais.
A resposta da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong incluiu ofertas de admissão incondicionais e processos seletivos simplificados para estudantes que desejem transferir-se dos EUA. O comunicado afirma que a instituição prestará apoio acadêmico e logístico, visando garantir uma transição “harmoniosa” e manter o ritmo de estudos dos candidatos internacionais em tempo hábil.
O contexto político envolve ações da administração Trump contra Harvard, com o congelamento de 2,2 bilhões de USD em subsídios federais e ameaça de corte de até 9 bilhões de USD. Autoridades citam preocupações com antissemitismo e ideologia liberal no campus. Defensores da liberdade de expressão alertam para riscos à autonomia universitária e impacto negativo na posição global do ensino superior dos EUA.