Família é base de uma sociedade harmoniosa
Por TopAngola ·
Resumo:
Na 26ª sessão do Conselho Provincial da Família, João Diogo Gaspar disse que investir nas famílias reduz conflitos e garante sociedade harmoniosa.
Pontos-chave:
Com a presença de mais de 170 participantes, a 26ª sessão do Conselho Provincial da Família decorreu no anfiteatro do ISPN, em Ndalatando. O governador João Diogo Gaspar abriu os trabalhos sublinhando que a família é “a maior bênção e riqueza de qualquer nação”, berço de valores e anteparo nas crises, e pediu investimento público e privado para fortalecer a célula básica da sociedade.
O primeiro painel analisou as dinâmicas sociais e antropológicas das famílias angolanas. Especialistas abordaram efeitos da globalização, influência das redes sociais, desafios de famílias monoparentais, desigualdades estruturais persistentes e casos de incesto. Destacou-se que a erosão de laços tradicionais, se não for mitigada, pode ampliar comportamentos nocivos como calúnia, intriga e conflitos laborais que ameaçam a coesão provincial.
No segundo painel, técnicos e decisores focaram-se em inserir a família na agenda nacional. Discutiram-se políticas de emprego e geração de renda, micro-crédito rural, segurança alimentar e projetos agrícolas sustentáveis no Cuanza-Norte. Propôs-se integrar programas de combate à pobreza com aulas de empreendedorismo doméstico, para que cada lar se torne um núcleo produtivo capaz de sustentar educação, saúde e bem-estar.
Entre debates, o grupo de Mulheres da Igreja Metodista Unida animou a plateia com cânticos que exaltavam a união familiar, reforçando a dimensão cultural do encontro. No encerramento foram entregues certificados de mérito a pais e encarregados de educação considerados exemplos de civismo e dedicação, gesto que, segundo o governador, “reconhece quem traduz valores em ações concretas no quotidiano”.
Ao final, Gaspar reiterou que uma família bem estruturada é decisiva para cumprir metas do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027. O Conselho aprovou recomendações para monitorar políticas e voltar a reunir em 2026. Observadores consideram que a sessão sinaliza prioridade governamental em coesão social, num momento em que o país enfrenta pressões económicas, migração interna e rápida expansão das tecnologias digitais.
