Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

FMI corta previsão de crescimento angolano

Por TopAngola ·

2 min leitura
FMI corta previsão de crescimento angolano

Resumo: 

FMI reduziu a projeção de crescimento de Angola para 2,4 % em 2025 após missão em Luanda, citando queda do petróleo e crédito externo mais caro.

Pontos-chave:

  • Em 14 de maio de 2025, após missão pós-financiamento realizada entre 6 e 12/05 em Luanda, o FMI divulgou comunicado revendo a projeção de crescimento do PIB de Angola para 2025 de 3 % para 2,4 %. A entidade aponta a queda prolongada dos preços do petróleo e o encarecimento do financiamento externo como fatores centrais para a revisão.

  • Segundo o Fundo, a economia angolana exibiu desempenho “robusto” em 2024, com expansão estimada de 4,4 %. O salto foi impulsionado pela recuperação da produção petrolífera — após anos de declínio — e pela continuação da retoma dos setores não petrolíferos, que beneficiaram da liberalização cambial e de reformas no ambiente de negócios iniciadas em 2018.

  • O organismo alerta, porém, que as perspetivas mais fracas para o crude “colocam riscos significativos ao desempenho orçamental”. Menores receitas fiscais podem pressionar o saldo primário e a trajetória da dívida pública, hoje perto de 66 % do PIB. O FMI pede vigilância para proteger o espaço fiscal destinado a programas sociais e investimento público prioritário.

  • A equipa liderada por Mika Saito diz estar “confiante na determinação das autoridades” para mitigar riscos. Recomenda contenção de gastos discricionários, reforço da mobilização interna de receitas, políticas monetárias que mantenham a inflação em queda e esforços para alongar o perfil da dívida, protegendo, ao mesmo tempo, os mais vulneráveis e preservando a dinâmica de crescimento não petrolífero.

  • A avaliação integra o procedimento de Avaliação Pós-Financiamento (PFA) aplicado a países que já concluíram programas com o Fundo. O relatório completo será discutido pelo Conselho Executivo do FMI em julho. Caso as autoridades adotem medidas corretivas adequadas, o organismo antevê manutenção de apoio técnico a Luanda e possibilidade de futuras linhas de crédito preventivas.

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