Fórum Índia-Angola reúne 200 empresários
Por TopAngola ·

Resumo:
Em Nova Deli, 200 empresários de Angola e Índia participam no Fórum Índia-Angola, aberto por João Lourenço, para reforçar parcerias e investimento.
Pontos-chave:
Em 4 de maio de 2025, em Nova Deli, arrancou o Fórum de Negócios Índia-Angola. Cerca de 200 empresários, metade angolanos, metade indianos, sentaram-se à mesma mesa para caçar oportunidades. A sessão abriu com o Presidente João Lourenço: “Unamos indústria e inovação para crescer juntos.” O encontro é ponte directa entre duas economias que já trocam petróleo, diamantes, arroz e medicamentos.
Arlindo das Chagas Rangel, da AIPEX, trouxe contas simples. “Temos 91 projectos aprovados.” Metade já vive, metade nasce em breve. Somados, geram 10 000 empregos. Desde 1998, os investidores despejaram USD 175 milhões em activos que hoje se reinvestem. O fórum quer puxar mais empresas indianas para montagem local, criando escala sustentável e trocando tecnologia pelo solo fértil angolano produtivo.
Angola quer mudar o rótulo de “potência em potencial” para realidade palpável. Terras aráveis, sol e água abundantes esperam máquinas, sementes e painéis. A Índia domina farmacêuticos, mecanização agrícola e energia solar barata. A ideia: instalar fábricas de genéricos, centros agro-industriais e parques fotovoltaicos que cortem importações, criem emprego qualificado e empurrem a diversificação além do petróleo, com ganhos de produtividade visíveis.
Localização estratégica faz parte do pitch. Angola encosta ao Atlântico, mas o Corredor do Lobito liga-a ao coração da África Austral e pode estender-se ao Índico. Com a SADC e a Zona de Comércio Livre Continental Africana abertas, falamos de 1,3 mil milhões de consumidores. O governo vende a ideia de um hub logístico onde produtos indianos entrem e saiam sem atrito.
No fecho, Lourenço lembrou as reformas: facilidade para abrir empresas, licenças mais rápidas, protecção ao capital. O PIB não petrolífero cresceu 4,43 % em 2024, maior alta da década. O convite ficou claro: “Conheçam o nosso mercado emergente.” Parceria justa, inovação e empregos estão no centro. O sucesso do fórum será medido em contratos assinados e fábricas ligadas à rede eléctrica.