Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Funcionários da UGS presos por vender declarações

Por TopAngola ·

2 min leitura
Funcionários da UGS presos por vender declarações

Resumo: 

Quatro funcionários da Universidade Gregório Semedo, em Luanda, foram detidos após exigirem entre 100 e 400 mil kwanzas para agilizar notas ilegalmente.

Pontos-chave:

  • Quatro funcionários da secretaria da Universidade Gregório Semedo — três mulheres e um homem, de 28 a 34 anos — foram detidos em 19 de maio de 2025, em Luanda, pela Direção de Investigação e Ilícitos Penais (DIIP). A operação ocorreu no campus central depois de a reitoria encontrar dois processos académicos com autenticidade duvidosa durante uma auditoria interna.

  • Segundo o porta-voz Quintino Ferreira, os suspeitos cobravam “entre 100 e 400 mil kwanzas, conforme a classe académica” para acelerar a emissão de declarações com notas. Pelo canal oficial, o serviço custa 15 000 kz (ou 5 000 kz sem notas) e demora cerca de duas semanas; no esquema, o documento era entregue em poucos dias, sem registo no sistema.

  • O grupo usava carimbos autênticos e assinaturas digitalizadas para forjar formulários, ludibriando supervisores e estudantes. O dinheiro extra era pago em espécie ou por transferência a contas pessoais; depois, os técnicos lançavam o pedido no software apenas na data da entrega, mascarando o prazo encurtado e criando a impressão de tratamento preferencial “regular”.

  • Os detidos vão responder por falsificação de documentos, crime punível com até oito anos de prisão. Após a captura foram apresentados ao juiz de garantias. A DIIP apreendeu computadores, carimbos e livros de protocolo e continua a ouvir outros empregados para apurar se chefias ou intermediários externos beneficiaram do esquema fraudulento.

  • A reitoria da Universidade Gregório Semedo instaurou inquérito disciplinar e promete reforçar controles eletrónicos de emissão e campanhas de sensibilização. O caso reacende o debate sobre transparência nas instituições privadas de ensino superior em Angola; a DIIP aconselha alunos a exigir talões oficiais e preservar comprovativos de pagamentos legais.

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