Brasil reforça investimentos em Angola
Por TopAngola ·

Resumo:
Angola e Brasil acordam reforçar US$35 milhões em agro-negócio e infraestrutura, visando elevar a produção de alimentos e o crescimento econômico.
Pontos-chave:
Em 24 de maio de 2025, o presidente da AIPEX, Arlindo das Chagas Rangel, anunciou que os investimentos do Brasil em Angola atingiram US$35 milhões distribuídos em 161 projetos em setores como agro-negócio, indústria, saúde e energia. Ele considerou o valor insuficiente frente ao potencial bilateral e destacou a necessidade de elevar o montante para atender às prioridades econômicas de Angola.
Os presidentes João Lourenço e Luiz Inácio Lula da Silva defenderam, durante a visita de Estado em Brasília, o fortalecimento do investimento privado brasileiro em Angola. Ambos sublinharam o setor agro-pecuário como prioridade para transformar o país num gigante da produção de alimentos em África, ressaltando que o Brasil pode transferir tecnologia, educação e diversificação econômica para apoiar o desenvolvimento sustentável angolano.
Em reunião com grandes produtores agronegócio do Brasil, foram enfatizadas as excelentes condições naturais de Angola — solos aráveis extensos, recursos hídricos abundantes e clima favorável. Ficou acordado que uma equipa multidisciplinar de produtores, diplomatas e especialistas financeiros elaborará rapidamente um memorando de entendimento para formalizar compromissos bilaterais, visando segurança alimentar, desenvolvimento social urgente, com metas claras e prazos definidos.
O presidente João Lourenço solicitou que o Brasil reabra uma linha de financiamento para crédito à exportação, essencial para viabilizar novos investimentos em infra-estruturas públicas. Ele destacou a participação de empresas brasileiras em projetos de estradas, autoestradas, portos, caminhos-de-ferro, aeroportos, sistemas de energia e redes de produção e distribuição de água, processo que está em negociação e deve avançar em breve.
O presidente Lula da Silva lembrou que a visita de João Lourenço celebra os 50 anos da independência de Angola e das relações diplomáticas bilaterais. Ele recordou que o fluxo comercial já chegou a US$4,5 bilhões, caiu para US$1,5 bilhão, mas há confiança em retomada. Também destacou cooperação em saúde, ensino superior, defesa, modernização de frotas e combate à fome.