Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Lopito Feijó assume comando da UEA

Por TopAngola ·

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Lopito Feijó assume comando da UEA

Resumo: 

Poeta Lopito Feijó é eleito secretário-geral da UEA com 44 de 66 votos válidos; planeia editar livros, captar fundos e reforçar parcerias internacionais.

Pontos-chave:

  • Em 11 de maio de 2025, a União dos Escritores Angolanos (UEA) elegeu o poeta Lopito Feijó como seu oitavo secretário-geral para o triénio 2025-2027. A votação, realizada na sede da instituição em Luanda, contou com 68 membros, dos quais 66 sufrágios foram validados, incluindo 27 procurações e 2 boletins anulados. A Comissão Eleitoral classificou o processo como transparente e conforme aos estatutos.

  • Feijó venceu com 44 votos, superando as listas B e C, lideradas por Marta Santos e Kanguimbu Ananás, que obtiveram 11 votos cada. Após o anúncio, ambas as candidatas prometeram contestar o resultado, alegando “inobservância de normas estatutárias”. A Comissão defende que todas as fases foram acompanhadas por fiscais e registadas em acta.

  • O novo secretário-geral garantiu que priorizará a publicação de obras dos membros, a reedição de clássicos da literatura angolana e a captação de fundos para projectos editoriais. Planeia ainda dinamizar a Liga do Escritor dos Cinco, ampliar a presença de autores em feiras internacionais e aproximar-se das associações dos PALOP, além de negociar parcerias com a UNESCO para difusão global.

  • Lopito Feijó nasceu em Malanje em 29 de Setembro de 1963. Licenciado em Direito pela Universidade Agostinho Neto, foi deputado à Assembleia Nacional, poeta, crítico literário e professor. É fundador da Brigada Jovem de Literatura de Luanda e do colectivo Ohandanji. Entre as suas obras destacam-se “Cartas de Amor”, “Doutrina dos Pitós” e “Rosa Cor de Rosa”.

  • A UEA, criada em 10 de Dezembro de 1975 por Agostinho Neto, é a mais antiga instituição cultural do pós-Independência. Com Feijó, sucede-se à liderança de David Capelenguela após dois mandatos consecutivos. Analistas vêem na escolha um passo para renovar estruturas internas e revitalizar a voz da literatura angolana num mercado cada vez mais competitivo e digital.

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