Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Aziz condenado: 15 anos de prisão na Mauritânia

Por TopAngola ·

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Aziz condenado: 15 anos de prisão na Mauritânia

Resumo: 

Tribunal de apelações aumenta para 15 anos a pena do ex-presidente Mohamed Ould Abdel Aziz por corrupção, impondo multa de 3 milhões de dólares.

Pontos-chave:

  • Em 14 de maio de 2025, o Tribunal de Apelações de Nouakchott elevou de cinco para 15 anos a pena do ex-presidente mauritano Mohamed Ould Abdel Aziz, 67, condenando-o também ao pagamento de 3 milhões de dólares. O veredicto encerra a fase de recursos do primeiro grande processo anticorrupção contra um chefe de Estado no país, iniciado em 2020 após investigações parlamentares.

  • Nascido general que chegou ao poder por dois golpes, Aziz governou de 2009 a 2019. Os procuradores documentaram lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, localizando mais de 70 milhões de dólares em contas, imóveis e participações empresariais atribuídas ao ex-líder e a familiares. A defesa alega que os valores resultam de "doações" recebidas durante o mandato.

  • O mesmo acórdão absolveu seis antigos ministros e directores visados no processo, mas confirmou 2 anos de prisão para o genro de Aziz, Mohamed Ould M'Leihany, por tráfico de influência. A decisão, lida em sessão pública de menos de uma hora, foi saudada por organizações civis que veem a medida como passo contra a 'impunidade histórica' da elite mauritana.

  • Apesar de reservas de ferro, ouro, cobre, petróleo e gás, a Mauritânia mantém cerca de 60 % da população em pobreza ou vulnerabilidade. Analistas consideram o caso Aziz um teste às instituições que ainda consolidam normas democráticas desde 2019 e à promessa do actual presidente, Mohamed Ould Ghazouani, de "tolerância zero" com a corrupção.

  • Os advogados de Aziz anunciaram recurso ao Supremo Tribunal e denunciam perseguição política. Enquanto isso, o ex-presidente permanece detido numa ala especial da prisão de Nouakchott, onde já cumpria pena desde janeiro de 2024. Se a decisão for confirmada, Aziz só poderá requerer liberdade condicional após metade da sentença, em 2032.

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