Áreas de Conservação para Morro do Moco e Pingano
Por TopAngola ·

Resumo:
Angola propõe criação de áreas de conservação no Morro do Moco e Serra do Pingano, visando proteger o rico patrimônio ecológico e espécies endêmicas.
Pontos-chave:
Em 16 de julho de 2025, a Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros avaliou propostas de lei que criam áreas de conservação no Morro do Moco e na Serra do Pingano, sob coordenação da ministra de Estado Mária do Rosário Bragança. Os projetos visam reconhecer o elevado valor ecológico e endêmico dessas regiões, alinhando-se ao Plano de Desenvolvimento Nacional.
As áreas englobam diferentes ecossistemas: o Morro do Moco destaca-se pela floresta afromontana, enquanto a Serra do Pingano abriga espécies da floresta húmida tropical. Nessas zonas, remanescentes de vegetação nativa promovem habitats essenciais para aves e mamíferos, incluindo o francolim da montanha, o papa-moscas de Angola e o beija-flor das montanhas, reforçando a importância biológica de sua proteção contínua.
Em declarações à imprensa, o secretário de Estado para o Ambiente, Yuri Santos, enfatizou que estudos científicos indicam alto interesse ecológico nessas áreas. Impactos negativos como caça furtiva, desflorestação, queimadas e conflitos entre homem e animal ameaçam a integridade dos habitats, exigindo ações de fiscalização, manejo sustentável e fortalecimento das metas do Plano de Desenvolvimento Nacional para criar novas áreas protegidas.
O governo sublinhou que a criação dessas áreas está alinhada aos compromissos internacionais de conservação e às metas do Plano de Desenvolvimento Nacional, que prevê ampliar de 14 para 17 áreas de conservação até 2027. A iniciativa reforça o papel de Angola no cumprimento de acordos ambientais globais e no fomento ao ecoturismo responsável.
Além da conservação, a Comissão avaliou o Projeto de Decreto Presidencial que regulamenta a produção e uso de plásticos de utilização única. Com 19 mil toneladas de resíduos diários, 29% plástico e reciclagem de apenas 10%, o governo propõe eliminar sacos de plástico inferiores a 50 microns e incentivar alternativas biodegradáveis, promovendo a transição para materiais sustentáveis.