Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Holanda usará Corredor do Lobito para exportar abacate

Por TopAngola ·

2 min leitura
Holanda usará Corredor do Lobito para exportar abacate

Resumo: 

Empresários holandeses investirão na cadeia de frio e usarão o Corredor do Lobito para escoar abacate da Caála (Huambo) rumo à Europa.

Pontos-chave:

  • Empresários dos Países Baixos decidiram investir na produção de abacate na Caála, província do Huambo, e escolheram o Corredor do Lobito como rota de exportação para a Europa. A iniciativa foi confirmada pelo embaixador adjunto Paul Ederer durante visita técnica às instalações logísticas em Benguela, onde avaliou capacidade ferroviária, terminais portuários e cadeia de frio necessária para manter a qualidade do fruto.

  • Segundo Ederer, o corredor "fortalece a importância estratégica de Angola para o comércio internacional". O traçado liga o interior agrícola do Huambo ao porto do Lobito em pouco mais de 1 300 km de linhas férreas reabilitadas, reduzindo o tempo de trânsito até à Europa para menos de 20 dias e cortando custos logísticos em cerca de 30 % face às rotas atuais.

  • O projecto prevê instalar uma moderna unidade de packing com atmosfera controlada e túnel de pré-arrefecimento capaz de processar 15 mil toneladas por safra. Serão gerados 250 empregos diretos na Caála e em Benguela. Parceiros holandeses oferecerão financiamento, tecnologia de pós-colheita e certificação fitossanitária, garantindo que o abacate cumpra os padrões exigidos pelos mercados da União Europeia de frutas frescas premium do bloco.

  • Para o Governo angolano, a operação reforça o programa de diversificação económica e valoriza concessões recentes do caminho-de-ferro de Benguela a consórcios internacionais. Desde 2023, o corredor movimenta cobre da RDC, combustíveis e manganês. Com a entrada do abacate, surgem novas oportunidades para hortícolas, café e mel, fomentando cadeias de valor rurais e aumentando receitas não petrolíferas para o tesouro nacional.

  • As primeiras remessas-piloto devem partir do porto do Lobito em julho de 2025. Até lá serão concluídos testes de temperatura, inspeções alfandegárias eletrónicas e acordos de frete com armadores refrigerados. Ederer salientou que "se tudo correr bem, o volume pode triplicar em três anos", colocando Angola entre os cinco maiores exportadores africanos de abacate e atraindo novos investidores europeus.

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