Papa pede liberdade para jornalistas detidos
Por TopAngola ·

Resumo:
Leão XIV solidariza-se com repórteres detidos, exalta a liberdade de expressão e alerta para os riscos éticos da inteligência artificial.
Pontos-chave:
No Salão Paulo VI, diante de milhares de repórteres, Leão XIV concentrou a primeira audiência do pontificado na defesa da liberdade de imprensa, classificando-a como “bem precioso” e condição para decisões livres. O Papa, eleito há quatro dias, lembrou que jornalistas presos pagam alto preço por buscar e divulgar a verdade.
Ele “reiterou a solidariedade da Igreja” com profissionais detidos em conflitos ou regimes repressivos e pediu explicitamente a sua libertação imediata. Citou repórteres de guerra que, “mesmo à custa da própria vida”, expõem violações de dignidade e justiça, desafiando a consciência da comunidade internacional.
O pontífice de 69 anos apelou a uma “comunicação de paz”, livre de linguagem agressiva e disputas por audiência. Segundo ele, a forma de comunicar tem poder de alimentar ou conter conflitos; por isso exortou a “dizer não à guerra das palavras e das imagens” e a nunca separar a busca da verdade do amor.
Leão XIV associou a escolha do seu nome ao desafio de uma nova “revolução industrial” marcada pela inteligência artificial. Alertou que o imenso potencial tecnológico exige responsabilidade e discernimento, para que algoritmos não coloquem em risco direitos humanos nem silenciem vozes críticas.
Reconhecendo que o mundo atravessa tempos difíceis de navegar e comunicar, o Papa lembrou que repórteres estão “na linha da frente” de conflitos, injustiças e pobreza. Pediu-lhes coragem para optar pelo jornalismo que constrói pontes e foi várias vezes aplaudido, sinal da recepção positiva da mensagem.