Pesca do carapau retoma em Setembro
Por TopAngola ·

Resumo:
Após dois meses de vedação, a pesca do carapau retoma em Setembro, protegendo a reprodução da espécie. Anunciado no relançamento do Balcão online.
Pontos-chave:
Em 5 de agosto de 2025, em Luanda, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmem do Sacramento, anunciou o fim da vedação à pesca do carapau. O período de dois meses destinou-se a proteger o processo reprodutivo da espécie, considerada essencial para a economia local e abastecimento das indústrias de processamento e congelação de pescado. A medida visa equilibrar conservação e atividade económica dos pescadores locais.
Durante o relançamento do Balcão online, foi destacado que esta plataforma permitirá maior integração entre as regiões costeiras, facilitando a distribuição do carapau. Produtores e processadores poderão registar desembarques em tempo real, otimizando logística e minimizando desperdícios, ao mesmo tempo que reforçam a transparência no comércio de pescado e o controlo de quotas. Esta iniciativa surge após consultas com pescadores artesanais e industriais, visando equilibrar interesses económicos e ambientais.
O carapau representa mais de 20% do volume nacional de desembarque, sendo vital para as cadeias de frio e exportação. As unidades de processamento dependem desta matéria-prima para produzir conservas, congelados e produtos processados, gerando emprego e receita em cidades costeiras como Luanda, Benguela e Namibe. Analistas preveem aumento da procura interna e internacional, o que pode impulsionar investimentos em infraestruturas portuárias e frigoríficas.
Especialistas alertam que a vedação periódica é crucial para manter os estoques e a biodiversidade marinha. Historicamente, pausas em agosto e setembro favoreceram a recuperação dos cardumes, garantindo rendimentos sustentáveis. Estas medidas, definidas por lei, exigem agora fiscalização reforçada, participação de pescadores artesanais e industriais e ações de monitoramento. Relatórios do Ministério indicam aumento de 15% nos estoques após vedação.
Projeções do setor apontam para um aumento gradual das quotas de pesca do carapau, em linha com a recuperação dos cardumes. Iniciativas de pesquisa avaliarão impacto ambiental e socioeconómico, enquanto entidades locais preparam campanhas de sensibilização sobre práticas sustentáveis e gestão responsável dos recursos marinhos. Estas projeções consideram variáveis climáticas, migrações sazonais e padrões de consumo interno e externo, sob supervisão do Instituto Nacional de Pescas.