Petrobras e Brasil impulsionam retorno a Angola
Por TopAngola ·

Resumo:
Acordos em Brasília abrem caminho para estudos de blocos pela Petrobras, atraindo investimentos em infraestrutura e transição energética.
Pontos-chave:
Em 26 de maio de 2025, durante a visita de Estado em Brasília, foi firmado um memorando de entendimento entre a Agência Nacional de Petróleo de Angola (ANPG) e a Petrobras. O acordo prevê a realização de estudos conjuntos em blocos petrolíferos offshore, podendo levar à negociação direta de contratos de concessão e ao regresso formal da Petrobras ao mercado angolano.
Analistas apontam que a Petrobras iniciará primeiro estudos de viabilidade em blocos selecionados, antes de decidir sobre investimentos. A experiência brasileira em biocombustíveis e tecnologia para águas profundas reforça a confiança angolana. O ministro Diamantino Azevedo solicitou a reabertura de linhas de financiamento para crédito à exportação, facilitando a participação de empresas brasileiras em projetos de exploração e transição energética em Angola.
Além da Petrobras, retornam a Angola as petrolíferas Shell, Petronas e Qatar Oil, ampliando a concorrência e o investimento no setor. O memorando destaca também parcerias para formação e investigação, com foco em projetos de transição energética justa, combinando pesquisa em gás e petróleo com iniciativas de desenvolvimento sustentável e capacitação local. Presidentes João Lourenço e Lula celebraram o reforço da cooperação bilateral.
Na área de infraestrutura, o Presidente João Lourenço enfatizou a necessidade de investimento privado brasileiro em estradas, portos, caminhos-de-ferro, aeroportos e redes de energia e água. Ele solicitou que o Brasil reabra uma linha de crédito à exportação, proporcionando garantias financeiras para empresas brasileiras participarem de projetos públicos de reconstrução e expansão, fortalecendo laços econômicos e gerando empregos em Angola.
Este conjunto de acordos reforça a cooperação bilateral e sinaliza que Angola busca diversificar suas parcerias energéticas e infraestruturais. Analistas destacam o potencial impacto na economia local, na geração de empregos e na transferência de tecnologia. A comunidade angolana no Brasil viu na visita presidencial um incentivo à mobilização de empresários e estudantes, fortalecendo redes de colaboração acadêmica e empresarial entre os dois países.