Lobito e Sonangol fecham contratos de concessão
Por TopAngola ·

Resumo:
Porto do Lobito e Sonangol finalizam concessão de ANGOBETUMES e SONAMET; assinatura em 20/5 prevê investimentos e reforça Corredor do Lobito.
Pontos-chave:
Em 14 de maio de 2025, gestores do Porto do Lobito e da estatal Sonangol fecharam a negociação dos contratos de concessão de duas infraestruturas vitais – ANGOBETUMES e SONAMET – após reunião na sede portuária. A assinatura definitiva ficou marcada para 20 de maio, no Hotel Terminus, consolidando o acordo esperado pelo setor e reforçando a infraestrutura logística regional.
ANGOBETUMES abriga a Central de Produtos Betuminosos e tanques de armazenamento de gasóleo e fuel-oil, essenciais para abastecer obras públicas e transporte pesado. Já o Terminal SONAMET presta suporte offshore à indústria petrolífera, recebendo materiais, pessoal e carga para plataformas. Ambos serão operados pela Sonangol mediante taxas e metas de desempenho definidas no contrato.
A mesa negocial foi liderada pelo presidente do Porto, Celso Rosas, acompanhado pelos administradores Kátila Vanessa Neto e Romão de Andrade, enquanto a Sonangol foi representada por Belarmino Chitangueleca e Kátia Epalanga. Segundo nota conjunta, o diálogo foi «profícuo e construtivo», resultando em consenso sobre prazos, investimentos, segurança ambiental e partilha de receitas.
O entendimento insere-se na estratégia governamental de transformar o Corredor do Lobito num eixo multimodal de exportação para Angola, RDC e Zâmbia. Com o pacote de concessões, o porto ganha capacidade para movimentar produtos refinados e apoiar operações offshore, reduzindo custos logísticos até 15 % e atraindo armadores interessados na ligação ferro-porto-mar.
Após a assinatura de 20 de maio, segue-se período de transição de 90 dias para inspeções, certificações e transferência de equipas. Estão previstos investimentos iniciais de 45 milhões de dólares em reabilitação de tanques, nova linha de acostagem e sistemas digitais de rastreio. As empresas estimam criar 300 empregos diretos e triplicar o volume anual de carga petrolífera.