PRA-JA decide avançar sozinho para 2027

Por TopAngola · há 2 meses

Resumo: 

O Congresso do PRA-JA Servir Angola incumbiu Abel Chivukuvuku de preparar o partido para concorrer sozinho às eleições gerais de 2027, sem excluir alianças.

Pontos-chave:

• Entre 19 e 21 de Maio, no Centro de Convenções de Talatona, decorreu o Iº Congresso Constitutivo do PRA-JA Servir Angola, legalizado em 2024. Com 750 delegados das 21 províncias, o conclave elegeu Abel Chivukuvuku presidente com 661 dos 675 votos e aprovou a moção que o mandatou a preparar a organização para vencer as eleições gerais de 2027.

• Os delegados deliberaram que o partido concorrerá isoladamente em 2027, mas autorizam “conversas com regras” para coligações formais. Chivukuvuku justificou a opção pela experiência amarga na Frente Patriótica Unida, onde, segundo ele, o PRA-JA não recebeu a quota de 20 % das subvenções prometidas pela UNITA após as eleições de 2022.

• O plano de preparação inclui acampamentos formativos, encontro nacional de académicos em Março de 2026, reunião da Comissão Política em Abril, congresso da juventude em Julho e convenção eleitoral em 2027. A abertura oficial da campanha acontecerá em Julho de 2027, no Bailundo, terra natal do candidato presidencial.

• Na declaração final, o partido compromete-se com uma alternância “positiva, ordeira e pacífica” e promete formar um governo inclusivo e não partidarizado. Aos funcionários públicos é garantida permanência, embora sob novas regras de gestão. As Forças Armadas e a Polícia Nacional foram publicamente agradecidas e asseguradas de que “ninguém será excluído”.

• O congresso também criticou o contexto nacional: ausência de autarquias, pacote eleitoral controverso, dependência petrolífera e diamantífera, fome no sul, desemprego juvenil e migração forçada. Para Chivukuvuku, “os irmãos da oposição têm medo e inveja do crescimento do PRA-JA”; já ao MPLA avisou: “vão mesmo perder” em 2027.