Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Filme musical angolano Angosat estreia em maio

Por TopAngola ·

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Filme musical angolano Angosat estreia em maio

Resumo: 

As Aventuras do Angosat, ópera hip-hop angolana, estreia a 18 de maio em Nova Iorque e chega a Portugal e Luanda em junho, celebrando diversidade e inclusão.

Pontos-chave:

  • Em 18 de maio de 2025, o Maysles Cinema, em Harlem, acolhe a estreia mundial de “As Aventuras do Angosat”, primeiro filme musical angolano. A obra, de 34 minutos, define-se como “ópera hip hop” e nasce da peça homónima inspirada no satélite Angosat-1, lançado em 2017 e perdido no espaço, símbolo de sonhos e frustrações tecnológicas do país.

  • Dirigem o projeto o jornalista catalão Marc Serena, premiado por “Tchindas”, e o artista urbano Resem Verkron; o roteiro e protagonista pertencem ao músico, poeta e activista Isis Hembe, que interpreta Man Ré, cientista que “viaja pelo cosmos à procura de vida inteligente” para, afinal, questionar a inteligência dentro de nós. A ação decorre no bairro Cazenga, em Luanda.

  • Mais de metade do elenco apresenta deficiências físicas: Hembe usa cadeira de rodas; o bailarino Scott Suave dança após perder um braço e uma perna; dois atores comunicam em língua gestual angolana. O realizador vê o filme como “projecto político de inclusão da alteridade”, mostrando Angola como mosaico de culturas, sensibilidades e corpos diferentes que transforma diversidade em recurso coletivo.

  • A trilha sonora funde batidas urbanas com quissanje, instrumento tradicional, e inclui versão da canção popular Umbi-umbi em Umbundu, a língua autóctone mais falada no país. A mistura de português, umbundu, kimbundu e língua gestual cria panorama multilingue incomum no cinema nacional, alinhado com a proposta de abrir o espaço – literal e metafórico – do Angosat à pluralidade angolana.

  • Depois da apresentação em Nova Iorque, o filme chega ao FEStin, em Lisboa, em 7 de junho, e tem estreia nacional gratuita em 20 de junho, no histórico Cine São Paulo, um dos maiores de Luanda. Produtores esperam que a passagem por festivais lusófonos impulsione distribuição regional e inspire futuras produções que combinem música, ciência-ficção e defesa de acessibilidade.

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