Domingo, Junho 29
Resumo

Sede do BPC renasce após 10 anos e US$ 41 mi

Por TopAngola ·

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Sede do BPC renasce após 10 anos e US$ 41 mi

Resumo: 

Sede de 20 andares do Banco de Poupança e Crédito foi restaurada após dez anos; obra custou 38 mil milhões Kz (US$ 41,3 mi) e envolveu nove empresas.

Pontos-chave:

  • Em 29 de abril de 2025, o Banco de Poupança e Crédito (BPC) reinaugurou a sua sede colonial na Avenida 4 de Fevereiro, Luanda, depois de dez anos de obras interrompidas por falta de verba e ajustes cambiais. A administradora executiva Sandra Balça revelou que o custo final, incluindo móveis e equipamento, alcançou 38 000 000 000 Kz — cerca de US$ 41,3 milhões.

  • Responsável pelas obras, a construtora chinesa Nova Jiangsu venceu o concurso em 2013 com orçamento inicial de 7,7 mil milhões Kz. Ao longo da década comandou nove empresas de fiscalização, mobília, limpeza e certificação ambiental, entre elas Famo, Imaxicom e Prometeus. Balça garante que o contrato se manteve “sem alterações cambiais”, evitando derrapagens apesar da crise petrolífera e da desvalorização do kwanza.

  • O edifício, erguido ainda no período colonial, ganhou fachada envidraçada, centrais de climatização eficientes e elevadores inteligentes que servem mais de 20 andares. O interior foi redesenhado em open-space para acomodar mil trabalhadores, com salas de trading, data center redundante e cofres robotizados. A intervenção prolonga a vida útil em 40 anos e deve cortar o gasto elétrico anual em 25 %.

  • Paralelamente, o BPC reportou resultado líquido de 123 mil milhões Kz em 2024, superando o ganho de 2023 e consolidando o plano de saneamento iniciado em 2020. O rácio de crédito vencido baixou para 20,7 %, enquanto o crédito vivo subiu para 360,9 mil milhões Kz. A rentabilidade do património líquido ultrapassou 18 %, sinal de recuperação para o banco estatal após anos de prejuízos.

  • Na cerimónia de inauguração, Balça declarou: “Esta casa simboliza a confiança renovada no BPC e no futuro da banca pública”. Economistas veem o projeto como vitrine da cooperação Angola-China em infraestruturas financeiras. Autoridades de Luanda destacam impacto urbano ao revitalizar um quarteirão degradado. Próxima meta do banco é vender participações improdutivas e reforçar capital próprio até 2027 para maior solidez.

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