UE e UA avaliam parceria em Bruxelas
Por TopAngola ·

Resumo:
Ministros de 80 países reúnem-se em Bruxelas na 3ª reunião ministerial UE-UA para rever avanços desde 2022 e alinhar ações em paz, segurança e migração.
Pontos-chave:
Iniciada na manhã de 21 de maio de 2025, a 3ª Reunião Ministerial Conjunta UE-UA reúne em Bruxelas os ministros dos Negócios Estrangeiros de mais de 80 países para passar em revista os compromissos firmados na cimeira de 2022, que lançou uma Visão Comum 2030 alinhada com a Agenda 2063 africana e com as prioridades estratégicas europeias para ambas as regiões.
Os debates concentram-se em cinco eixos: paz, segurança e governação; multilateralismo; prosperidade; migração e mobilidade. Cada delegação apresenta relatórios de progresso e propostas de financiamento para novos programas conjuntos, incluindo missões civis de gestão de crises, corredores verdes de investimento e iniciativas de formação de jovens em competências digitais, com metas até 2027 e monitorização semestral pela Comissão Mista UE-UA.
A sessão foi co-presidida pela recém-nomeada Alta-Representante da UE, Kaja Kallas, e pelo ministro angolano Téte António, que atualmente lidera o Conselho Executivo da UA. Para Kallas, “África é a nossa prioridade geopolítica”; já António defendeu que a parceria deve “passar do papel aos resultados tangíveis nos territórios e nas comunidades” até 2025, especialmente em infra-estruturas, energia verde e saúde pública.
Relatórios preliminares indicam que cerca de €150 mil milhões do pacote Global Gateway já foram comprometidos em projetos africanos, incluindo ligações de fibra óptica, centrais solares no Sahel e modernização de portos no Golfo da Guiné; porém parceiros africanos exigem maior rapidez na desembolso e quotas locais na cadeia de valor para garantir emprego qualificado e transferência de tecnologia para PMEs regionais.
Ao final dos trabalhos será divulgado um comunicado conjunto fixando metas para 2026, entre elas reduzir em 30 % os fluxos irregulares de migração, criar um mecanismo de consultas bianuais sobre crises, e lançar um fundo de €1,5 mil milhões para economia verde. Observadores veem “teste chave” para a vitalidade da parceria ao entrar no seu 25.º ano de cooperação intercontinental estratégica.