Terça-feira, Agosto 5
Resumo

Solidariedade cívica e repercussões da greve

Por TopAngola ·

2 min leitura
Solidariedade cívica e repercussões da greve

Resumo: 

Sociedade civil cria plataforma de apoio às famílias afetadas por tumultos e greve; líderes são detidos e a ANATA se demarca da paralisação.

Pontos-chave:

  • Em 28, 29 e 30 de Julho de 2025, a Paralisação Nacional dos Taxistas convocada pela ANATA transformou-se em confrontos violentos nas ruas de várias províncias angolanas, incluindo Luanda, Benguela e Huambo. Inicialmente focada na subida dos preços dos combustíveis, a greve gerou pilhagens, detenções e repressão policial, atingindo comunidades locais e provocando críticas de organizações da sociedade civil pelo uso excessivo da força policial.

  • A Sociedade Civil Contestatária (SCC) lançou o Movimento Cívico de Apoio às Vítimas, com o objetivo de documentar casos, prestar assistência às famílias afetadas e organizar funerais dignos. A plataforma reúne ativistas, personalidades culturais e responsáveis associativos, visando contabilizar mortos, feridos e desaparecidos das manifestações de Julho. Está em curso a recolha de donativos e o registo de familiares para assistência financeira aos atingidos.

  • Em quinta-feira, Rodrigo Luciano Catimba, vice-presidente da ANATA, foi detido em Benguela sob acusações de incitação à violência, apologia de crime, rebelião e terrorismo, segundo autoridades. A prisão gerou reações de líderes sindicais e organizações de direitos humanos, que classificaram a ação como excessiva para protestos. O caso intensificou o debate sobre liberdade de expressão e a atuação policial em manifestações civis.

  • O presidente da ANATA demarcou-se da greve, atribuindo-a “pessoas estranhas” e negando envolvimento da associação. Contestou a detenção do vice-presidente e afirmou que as ações deveriam seguir canais institucionais. A posição oficial da ANATA gerou tensão interna entre líderes do setor de transportes, e críticos apontaram incoerências na organização e condução do protesto. Em solidariedade, o Movimento Contra a Subida dos Preços dos Combustíveis suspendeu ações.

  • O balanço oficial da Polícia Nacional registou 30 mortos, 277 feridos e 1515 detenções em sete províncias, suscitando pedidos de apuração e justiça. Organizações civis planeiam relatório detalhado dos casos para apresentar a instituições nacionais e internacionais. Analistas alertam para riscos de instabilidade social se não houver responsabilização, enquanto famílias das vítimas aguardam apoio e esclarecimentos sobre desaparecidos e registros oficiais de casos.

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