Cólera em Angola: 26.207 casos e 744 mortes
Por TopAngola ·

Resumo:
O surto de cólera em Angola já soma 26.207 casos e 744 mortes em 13 províncias. Nas últimas 24h, foram confirmados 102 novos casos e 1 óbito.
Pontos-chave:
Em 16 e 17 de junho de 2025, Angola registou um novo acréscimo de casos de cólera, elevando o total cumulativo para 26 207 infecções desde o início do surto em janeiro. O número de óbitos atingiu 744, distribuídos por 13 províncias, confirmando a persistência da crise sanitária e a necessidade de reforço das medidas de controlo e prevenção em todo o país.
In um período de 24 horas encerrado em 16 de junho, foram notificados 102 novos casos de cólera e registado 1 óbito, na província da Huíla. As novas infeções concentraram-se principalmente em Huíla (31), Cuanza Sul (31) e Lunda Norte (16), com ocorrências adicionais em Luanda, Namibe, Icolo e Bengo, Cabinda, Bengo, Zaire, Malanje e Benguela, evidenciando a dispersão geográfica da epidemia pelo território nacional.
Dos 744 óbitos reportados desde janeiro, as províncias mais afetadas são Luanda (219), Bengo (119) e Benguela (108), seguidas por Cuanza-Norte (68), Cuanza-Sul (71) e Namibe (51). Registos de mortes também ocorreram em Icolo e Bengo, Malanje, Huíla, Zaire, Cabinda, Lunda-Norte e Huambo, evidenciando o elevado índice de mortalidade em áreas rurais e urbanas diversas. As autoridades de saúde reforçam a necessidade de saneamento básico, acesso a água potável e vigilância epidemiológica ativa.
Desde o início do surto em janeiro, o Ministério da Saúde implementou boletins diários e estratégias de contenção em colaboração com parceiros internacionais. Apesar dos esforços, a expansão para 13 províncias revela lacunas na infraestrutura sanitária. A falta de postos de tratamento de água e de centros de tratamento comunitários compromete a resposta local, sublinhando a urgência de reforçar recursos e sensibilização em áreas remotas.
O Governo angolano declara prioridade à mobilização de fundos e reforço de equipas de vigilância nos pontos críticos. A Organização Mundial da Saúde alerta para o risco de novas vagas caso não haja melhor cobertura de água limpa. Especialistas recomendam campanhas de higiene comunitária e expansão de centros de tratamento, visando reduzir a mortalidade e evitar sobrecarga dos sistemas hospitalares locais.