Surto de cólera em Angola ultrapassa 23.400 casos
Por TopAngola ·

Resumo:
Surto de cólera em Angola soma 23.426 casos e 699 mortes em 18 províncias; 283 novos casos e 6 óbitos foram registrados nas últimas 24 horas.
Pontos-chave:
Em 29 de maio de 2025, o Ministério da Saúde de Angola reportou um total cumulativo de 23.426 casos de cólera e 699 óbitos em 18 províncias, desde o início do surto na primeira semana de janeiro. O comunicado oficial destacou que o número de casos novos e de vítimas fatais reflete o aumento da mobilização das autoridades sanitárias e a necessidade de reforçar as medidas de prevenção.
Nas últimas 24 horas, foram notificados 283 novos casos de cólera e 6 óbitos, distribuídos entre 12 províncias: Namibe (164 casos, 3 mortes), Cuanza Sul (71 casos, 2 mortes), Benguela (5 casos), Luanda (10 casos), e Huíla (13 casos, 1 morte), entre outras. O panorama demonstra variação regional importante e reforça o apelo por vigilância epidemiológica contínua e ações de resposta imediata.
Atualmente, 540 pacientes estão internados em unidades de tratamento dedicadas, enquanto 192 indivíduos receberam alta nas últimas semanas, conforme levantamento oficial. As autoridades reforçam que a disponibilidade de leitos, suprimentos de água potável e saneamento básico é essencial para conter a propagação. Especialistas alertam para o risco de recidiva em áreas rurais com acesso limitado a cuidados de saúde e infraestrutura sanitária precária.
O surto atingiu faixas etárias de 2 a 100 anos, com 12.696 casos (54%) em homens e 10.730 casos (46%) em mulheres. As províncias mais afetadas são Luanda (6.716 casos), Bengo (3.016), Benguela (4.678) e Cuanza Norte (2.169), evidenciando concentração urbana e desafios logísticos. Planejadores de saúde ressaltam a importância de campanhas de informação direcionadas e distribuição de kits de higiene.
O aumento do surto lembra episódios anteriores, como o surto de 2011 com 2.284 casos e o de 2016-2017 com 252 casos em Cabinda, Luanda e Zaire. Governos locais e parceiros internacionais reforçam planos de vacinação, monitoramento e melhoria do saneamento. Analistas indicam que o engajamento comunitário e a educação em saúde pública são fatores críticos para reduzir novas infecções e fortalecer a resistência do sistema.