TAAG liga Luanda a Nairobi com carga floral

Resumo:
TAAG estreia ponte aérea semanal Luanda–Nairobi para levar até 18 t de flores quenianas, criando novas rotas de carga e ligações comerciais globais.
Pontos-chave:
Em 30 de abril de 2025, a TAAG fez o primeiro voo de carga Luanda–Nairobi. O Boeing saiu da capital angolana cheio de equipamento de frio e voltou com flores frescas. O gesto marcou o início de uma ponte aérea que a companhia chama de “passo estratégico” para ganhar peso no mapa da logística africana. Autoridades do aeroporto saudaram a aeronave e destacaram o impacto regional.
O serviço terá frequência semanal, sempre à quarta-feira. Cada ida comporta até 18 000 kg de mercadoria, o que pode chegar a 1–2 milhões de quilos por ano. A prioridade são rosas, cravos e outras espécies que exigem cadeia de frio. A TAAG promete tempos de trânsito curtos e salas refrigeradas para proteger a qualidade das cargas perecíveis. Isso coloca a companhia na rota dos grandes players de carga africanos.
O Quénia gera cerca de 1,09 mil milhões de dólares por ano com floricultura e exporta para mais de 60 países. Emprega meio milhão de pessoas. As rosas lideram a produção, mas alstroemerias, gypsophilas e lírios também seguem. Nairobi busca rotas mais baratas; a ligação via Luanda reduz tarifas e etapas aduaneiras, abrindo portas directas a Angola, UE e mercados em crescimento como China.
Para garantir entrega porta-a-porta, a TAAG selou parcerias com Aerospeed Express, Mitchell Cotts e Tradewinds. Estas empresas cuidam de recolha na fazenda, despacho rápido e rastreamento digital. O corredor Leste-Sul resultante também conecta Emirados Árabes Unidos e Índia, com Nairobi como hub em África Oriental e Luanda como centro de consolidação. Isso pode reduzir o tempo da estufa ao destino final para menos de 48 horas.
A empresa estatal vê o projecto como parte do plano para transformar o novo Aeroporto António Agostinho Neto num hub regional. O governo quer que a carga represente até 30 % das receitas da TAAG até 2027. Analistas dizem que a rota pode atrair operadores de frescos da África Austral, elevar o uso do cargueiro 737-800F e criar centenas de novos empregos logísticos em Luanda.