Domingo, Agosto 17
Resumo

Tarifas de energia e água sobem até 30% em 2025

Por TopAngola ·

2 min leitura
Tarifas de energia e água sobem até 30% em 2025

Resumo: 

Angolanos pagarão até 11,5 % mais na eletricidade e 30 % na água a partir de junho, segundo IRSEA, para cobrir custos e expandir as redes.

Pontos-chave:

  • O Instituto Regulador dos Serviços de Electricidade e de Água (IRSEA) confirmou, em 8 e 9 de maio, o início do ciclo tarifário 2025-2028, introduzindo um acréscimo inicial médio de 11,5 % na eletricidade e 30 % na água. As medidas constam dos Despachos n.º 3131/25 e 3133/25, publicados a 5 de maio no Diário da República e entrarão em vigor 30 dias depois.

  • Na categoria doméstica social, com potência contratada de 1,3 kVA, a fatura mensal de energia salta de 291,88 para 379,68 kz. Já quem possui ligação monofásica de 6,6 kVA verá o valor subir de 9 120,22 para 13 516,16 kz. O IRSEA garante que nenhum subsídio foi removido, apenas atualizado o preço de custo.

  • No abastecimento hídrico, o escalão social (0-5 m³) passa de 200 para 260 kz, enquanto o escalão doméstico 2 (até 10 m³) sobe de 260 para 338 kz. Conforme exemplificou o economista José Lumbo, “quem pagava mil kuanzas pagará 1 110”, mostrando que a variação percentual repercute-se linearmente sobre consumos maiores.

  • O regulador justifica o reajuste com o aumento dos custos reais de produção, transporte e distribuição, além da necessidade de manter, modernizar e expandir redes urbanas e rurais. Segundo Lumbo, a correção pretende evitar a degradação dos serviços e assegurar qualidade, sobretudo em centros ainda deficitários, onde perdas técnicas e ligações clandestinas pressionam o equilíbrio financeiro.

  • As novas tarifas começarão a ser cobradas no início de junho, 30 dias após a publicação oficial. Consumidores podem estimar o impacto multiplicando o valor atual por 11 % ou 30 %, conforme o serviço, acrescenta o economista. Organizações de defesa do consumidor pedem campanhas de esclarecimento e tarifas diferenciadas para famílias vulneráveis, enquanto empresas já reavaliam orçamentos de produção.

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