Téte António coordena compromissos do FOCAC
Por TopAngola ·
Resumo:
O ministro Téte António está em Changsha na conferência de alto nível do FOCAC para implementar compromissos e reforçar a cooperação bilateral.
Pontos-chave:
Em 10 de junho de 2025, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, chegou a Changsha para a Conferência Ministerial dos Coordenadores do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). A reunião de alto nível reúne representantes africanos e chineses para acompanhar o progresso dos compromissos firmados e ajustar estratégias de cooperação em áreas como infraestrutura, comércio e formação de quadros.
Só em 2010, o comércio bilateral atingiu 24,8 mil milhões de dólares, e em 2020 esse valor subiu para 5,55 mil milhões, representando 61% das exportações angolanas para a China. Em 2018, uma nova linha de financiamento de 2 mil milhões de dólares foi aprovada em Pequim, refletindo a crescente confiança mútua e a estratégia de longo prazo na cooperação económica.
Desde 1983, Angola e China mantêm relações diplomáticas, tendo alcançado maior intensidade a partir de 2000, quando iniciaram empréstimos para reconstrução de infraestruturas pós-guerra. Essa parceria, baseada na igualdade e benefícios mútuos, sustentou projetos de transporte, energia e habitação, contribuindo para a estabilidade e o desenvolvimento económico de Angola ao longo das últimas duas décadas. A China também financiou programas de formação técnica para jovens angolanos.
O encontro atual promove a revisão das prioridades definidas nas cimeiras trienais, ajustando projetos de cooperação aos desafios emergentes, como segurança alimentar e energia renovável. Os coordenadores discutirão mecanismos de financiamento, prazos de execução e indicadores de impacto, visando garantir transparência e eficácia na implementação dos acordos firmados entre a China e os países africanos, com Angola como maior parceiro.
Espera-se que as deliberações desta conferência definam temas prioritários para a próxima cimeira do FOCAC, prevista para 2026, e estabeleçam cronogramas claros para projetos de infraestrutura, comércio e educação. Analistas consideram essencial o fortalecimento do diálogo multilateral para promover um desenvolvimento sustentável e garantir que os investimentos beneficiem comunidades locais em Angola e demais nações africanas. O diálogo fortalecerá parcerias setoriais em saúde e tecnologia.
