UNITA reage à saída do PRA-JA da FPU
Por TopAngola ·

Resumo:
UNITA e Bloco Democrático reuniram-se após o anúncio de Abel Chivukuvuku; reafirmam a FPU e buscam estratégia contra efeitos da ruptura em 2027.
Pontos-chave:
Na madrugada de 22 para 23 de maio, UNITA e Bloco Democrático reuniram-se em Luanda após o congresso constitutivo do PRA-JA Servir Angola confirmar a sua retirada da Frente Patriótica Unida. Os presidentes Adalberto Costa Júnior e Filomeno Vieira Lopes emitiram nota conjunta reafirmando “total confiança” na FPU como instrumento de alternância em 2027.
Segundo os líderes, a saída de Abel Chivukuvuku foi “unilateral e não consultada”. Ainda assim, garantem que os propósitos originais de convergência oposicionista permanecem intactos, apelando a outras formações e à sociedade civil para reforçarem a coligação contra o MPLA e protegerem o Estado de Direito.
O Comité Permanente da UNITA reúne-se este sábado para aprovar preparativos do seu XIV Congresso e avaliar impacto eleitoral da divisão. Analistas ouvidos pelo Novo Jornal alertam que a disputa do mesmo eleitorado pode favorecer o partido no poder se não houver solução de unidade.
Entre as resoluções esperadas estão mandatar o CP a organizar o conclave, definir número de delegados e desenhar estratégia “antídoto” ao efeito Chivukuvuku nas urnas. O partido do “Galo Negro” admite ajustes programáticos e diálogos multilaterais para impedir dispersão de votos.
Ao mesmo tempo, a oposição critica o Executivo por agravar crise económica, partidarizar instituições e “manipular a justiça”. Para a FPU, a insatisfação social oferece terreno fértil a uma campanha conjunta; falta decidir se PRA-JA será substituído ou se as portas continuam abertas a um possível regresso.