Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

UNITA denuncia obstrução no Parlamento

Por TopAngola ·

2 min leitura
UNITA denuncia obstrução no Parlamento

Resumo: 

A UNITA acusa a presidente da Assembleia Nacional de impedir a fiscalização parlamentar, abrindo inquéritos políticos a deputados e bloqueando audições.

Pontos-chave:

  • Em 28 de maio de 2025, a UNITA, principal partido da oposição em Angola, acusou a presidente da Assembleia Nacional de obstruir o direito de fiscalização dos deputados. Em conferência de imprensa, o líder parlamentar, Liberty Chiyaka, afirmou que a atuação visa intimidar e coagir parlamentares na sua missão de controlo aos atos do Governo. Esta denúncia segue um inquérito instaurado aos cinco deputados do seu grupo.

  • Segundo Chiyaka, os deputados da UNITA realizaram visitas à Morgue Central de Luanda e ao Hospital Geral do Huambo, onde encontraram condições precárias na conservação de cadáveres e carências no atendimento clínico. A visita ocorreu em meados de abril e gerou críticas da Assembleia Nacional por suposta exploração da aflição de familiares. Ele qualificou a investigação subsequente como de motivação política, visando cercear o exercício fiscalizador do Parlamento.

  • A Assembleia Nacional emitiu comunicado, afirmando que a comissão de Ética e Decoro Parlamentar abriria apuração sobre o comportamento dos parlamentares da UNITA. O parlamento apontou comportamento reprovável do ponto de vista ético e moral e justificou a investigação como necessária para preservar o decoro e a disciplina legislativa. Alegou ainda que a divulgação de imagens pode violar normas de civilidade e buscar fins inconfessos.

  • O líder da UNITA lamentou que Carolina Cerqueira, presidente do parlamento, não tenha autorizado 16 audições parlamentares a membros do Governo há mais de 100 dias. Ele destacou que os pedidos, apresentados desde o início do ano, exigiam esclarecimentos em segurança pública, saúde e finanças, mas foram sistematicamente ignorados pela Mesa da Assembleia, o que prejudica a transparência e o controle democrático.

  • Liberty Chiyaka alertou para o que considerou uma violação ostensiva da Constituição, ao obstruir funções de fiscalização previstas no texto fundamental. A UNITA garantiu que lutará contra qualquer ato institucional que limite o livre exercício dos poderes legislativo e de soberania, reafirmando o compromisso com o fortalecimento da democracia e do Estado de Direito em Angola. O partido recomendou a realização imediata das audições e a retirada dos inquéritos políticos.

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