Vandalismo corta luz a centenas no Nova Vida
Por TopAngola ·
Resumo:
Furto de fusíveis deixou moradores das ruas 13 e 14 da Urbanização Nova Vida, no Kilamba Kiaxi, sem energia desde 20 de maio; ENDE e polícia investigam.
Pontos-chave:
Na madrugada de 20 de maio de 2025, desconhecidos vandalizaram um armário de distribuição nas ruas 13 e 14 da Urbanização Nova Vida, município do Kilamba Kiaxi, Luanda. O furto dos fusíveis interrompeu imediatamente o fornecimento, deixando dezenas de edifícios residenciais e pequenos negócios às escuras e obrigando algumas empresas a recorrer a geradores e painéis solares.
A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) estima prejuízos financeiros elevados, pois além do material roubado terá de substituir cabos derretidos e a cobertura metálica destruída. Técnicos enviados ao local confirmaram que seis fusíveis de potência foram levados, provocando sobre-aquecimento noutros componentes e aumentando o risco de acidentes elétricos caso moradores tentem ligações clandestinas.
A direção provincial da ENDE Luanda declarou, em nota à Rádio Correio da Kianda, que os trabalhos de reposição iniciaram de imediato e deverão restabelecer a energia “com a maior brevidade possível”. No interim, equipas de manutenção vigiam outros armários vulneráveis no bairro, enquanto o centro de atendimento aconselha clientes a reportarem quedas de tensão e suspeitas de sabotagem.
Segundo porta-voz da empresa, “o furto de fusíveis está a ser uma prática recorrente nesta zona”, facto que levou a Polícia Nacional a abrir inquérito para identificar e deter os autores. Moradores organizam rondas noturnas e criaram grupo de WhatsApp para alertas rápidos. A ENDE avalia instalar sensores de abertura e câmaras de videovigilância em pontos críticos.
Iniciada em 2003 para erguer cerca de 2 500 casas, a Urbanização Nova Vida tornou-se símbolo de classe média em Luanda, mas hoje enfrenta degradação acelerada das vias e serviços públicos. O recente apagão expôs fragilidade da infraestrutura elétrica e reacendeu críticas à manutenção do bairro, reforçando o debate sobre segurança de equipamentos públicos e participação comunitária.
